“Os homens são naturalmente melhores em matemática do que as mulheres”: um discurso que persiste
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Diversidade e Educação |
Texto Completo: | https://periodicos.furg.br/divedu/article/view/6738 |
Resumo: | O presente trabalho faz parte de minha pesquisa de conclusão de curso “Sujeitos masculinos e femininos na Educação Matemática: uma análise de gênero sob a ótica discursiva de docentes matemáticos”, para obtenção do título de licenciado em Matemática. Esta pesquisa foi inundada pela inspiração foucaultiana desde seus estágios mais embrionários. Souza (2008) nos conta que Michel Foucault, ao escolher suas temáticas depesquisa, se voltava para grandes questões, enigmas e tabus de seu tempo; para as feridas, inquietações e angústias que se constituam então como elementos disparadores de discussões muito profundas. Como professor de Matemática em atuação na rede pública de Educação Básica mesmo antes da obtenção do título de licenciado – e como estudioso das questões de gênero – algumas das questões-feridas-incômodos que me conduziram a pensar nessa proposta de pesquisa foram: Até que ponto o discurso ainda vivo de que garotos aprendem Matemática com mais facilidade do que as garotas se traduz como sendo uma “verdade”? O que essa “verdade” tem produzido? A serviço de quem tem atuado? Como têm sido estabelecidas as relações entre homens, mulheres e Matemática? De que modo a Matemática subjetiva os que com ela se envolvem? Qual o espaço das meninas e mulheres nos contextos de aprendizagem matemática? O que é permitido que elas saibam? O que é permitido que elas conheçam? Em um esforço de síntese, como se configuram, enfim, as relações de gênero nos ambientes de aprendizagem matemática? |
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