A saúde mental dos auxiliares médico-legais na atividade de serviços de necropsia no instituto médico legal no extremo-oeste catarinense
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Vittalle (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.furg.br/vittalle/article/view/5108 |
Resumo: | Esta pesquisa teve como objetivo conhecer e discutir os sentimentos diante dos atendimentos de necropsia e como está a saúde mental dos auxiliares médico-legais que atuam no IML no extremooeste catarinense. A intenção foi lançar um olhar sobre o fazer destes profissionais que lidam com a morte, tema ainda considerado tabu e de difícil manejo para grande parte dos profissionais da saúde. Para realizar o estudo de campo, utilizou-se o método qualitativo fenomenológico, com entrevistas que se iniciaram com uma questão aberta: Como tu te sentes no momento em que estás fazendo a necropsia? Foram entrevistados três auxiliares médicos legais, com tempo de atuação na área de vinte e sete anos; dezenove e outro com um ano. Compreendeu-se que os sentimentos que advêm do momento das necropsias são, muitas vezes, de completa impotência diante da morte e de autocontrole para evitar o choro e a expressão de sentimentos. O pedido de ajuda não manifestado, muitas vezes, revela sentimentos de vergonha e cobrança sentidos como oriundos da sociedade. Estes profissionais percebem como refúgio a presença e a confiança dos familiares e amigos. A perda dos próprios familiares também aparece como fator que provoca grande abalo emocional. A presença e o afeto da família são considerados importantes para esses profissionais, pois funcionam como alento ante as dores que carregam, mesmo que no silêncio. Fica evidente, neste estudo, a necessidade de apoio emocional para os profissionais. Não há um espaço de escuta apropriado para a expressão de sentimentos e vivências. O espaço de escuta é buscado no seio da família e no contato com amigos. Não há um serviço especializado para o acompanhamento sistemático a esses profissionais, fator que pode levar à doença mental ou, no mínimo, ao excesso de estresse e diminuição da qualidade de vida. |
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