Vasculite do sistema nervoso central secundária a Neurocriptococose – Relato de Caso
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Vittalle (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.furg.br/vittalle/article/view/9796 |
Resumo: | A meningoencefalite criptocócica é causada por fungos do gênero Cryptococcus, podendo infectar indivíduos imunossuprimidos e imunocompetentes. A infecção do sistema nervoso central (SNC) é a forma mais comum da criptococose extrapulmonar, podendo resultar em alta morbimortalidade. A doença criptocócica pode se manifestar como abscessos, meningite, granulomas e infartos e as condições que causam imunossupresão aumentam o risco de infecção do SNC. O diagnóstico é baseado em punção lombar e culturas, devendo-se ter a infecção por Cryptococcus como diagnóstico diferencial do acidente vascular cerebral, principalmente em indivíduos imunocomprometidos. O objetivo desse estudo é relatar o caso de um paciente com vasculite do SNC secundária a uma meningoencefalite criptocócica. Trata-se de uma paciente do sexo feminino, 34 anos, que fazia uso de medicação imunossupressora para controle da Doença de Crohn. Desenvolveu uma vasculite do SNC na vigência de infecção por Cryptococcus neoformans, manifestando-se com infarto cerebral, cujos achados foram confirmados nos exames de ressonância magnética do encéfalo e angiorressonância cerebral. A punção lombar apresentou o padrão típico da neurocriptococose. Tinta da China e cultura confirmaram o diagnóstico etiológico. Porém, mesmo com a terapêutica adequada, a paciente evoluiu para o óbito. Sabe-se que esse quadro de vasculite do SNC associada à infecção criptocócica é raro. Portanto, as manifestações inespecíficas dessa condição e seu início subagudo ou crônico geralmente podem levar a atrasos no diagnóstico e tratamento adequados. Assim, é importante o conhecimento dessa apresentação na neurocriptococose, uma vez que o diagnóstico e conduta precoces propiciam redução na morbimortalidade do paciente. |
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