Potenciais reações adversas relacionadas a antipsicóticos ou antidepressivos e fármacos associados em pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) “Esperança” de Recife
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Vittalle (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.furg.br/vittalle/article/view/8793 |
Resumo: | Objetivou-se identificar os principais antipsicóticos e antidepressivos utilizados em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e caracterizar o perfil de pacientes submetidos ao tratamento em politerapia analisando os riscos potenciais das reações adversas. Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva com abordagem qualitativa e quantitativa, realizada no CAPS “Esperança” de Recife (Pernambuco). Participaram deste estudo usuários admitidos entre janeiro de 2013 e junho de 2016. Uma triagem inicial de 155 prontuários médicos foi realizada visando identificar o perfil do usuário quanto ao diagnóstico clínico e medicamentos utilizados. Na segunda etapa, 51 pacientes em regime de tratamento em politerapia foram entrevistados visando identificar as principais associações medicamentosas e as reações adversas mais relatadas. A média da idade dos pacientes foi de 44 anos (91 femininos e 64 masculinos) com transtornos mentais de alta gravidade, predominando a esquizofrenia (45,8%) e transtornos de humor (31,6%). As classes medicamentosas mais utilizadas foram os antipsicóticos (40%), com destaque para levomepromazina e risperidona, seguido dos antidepressivos (14%) como fluoxetina e citalopram. A análise identificou 13 tipos de associações medicamentosas, entre as quais se destacaram aquelas constituídas por 1 antipsicótico típico + 1 antipsicótico atípico com prometazina e/ou biperideno (17,6%), 2 ou mais antipsicóticos típicos com prometazina e/ou biperideno (11,8%) e 1 antipsicótico (típico ou atípico) com prometazina e/ou biperideno associado a 1 antidepressivo (11,8%). As reações adversas mais relatadas foram os sintomas anticolinérgicos (64,7%), ganho de peso (56,9%) e sintomas extrapiramidais (50,9%). Os resultados apontam para o potencial elevado de reações adversas no âmbito do CAPS “Esperança”, possivelmente relacionadas ao regime de tratamento em politerapia |
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