Ambulatório de Práticas Integrativas e Complementares: um estudo de caso sobre fitoterapia na atenção primária à saúde no município de Fortaleza-CE

• Autor(a) principal: Lacerda, Maria Raquel Lima
• Data de Publicação: 2020
• Outros Autores: Sá, Kellen Miranda, Nojosa, Ronald Targino, dos Santos, Carine Sousa, de Brito, Daniele Mary Silva
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Vittalle (Online)
• Texto Completo: https://periodicos.furg.br/vittalle/article/view/9800
• topic: fitoterapia; Práticas Integrativas e Complementares; Atenção Primária à Saúde

A fitoterapia é dentre as Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (PIC’s), uma das mais utilizadas na Atenção Primária à Saúde (APS). O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) tem importante papel na promoção e utilização dessa prática. Este trabalho teve como objetivo avaliar como os usuários do Ambulatório de PIC’s e profissionais de uma Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) da Regional II de Fortaleza-Ceará, perceberam a inserção da fitoterapia através de oficinas sobre uso de plantas medicinais. O estudo foi descritivo e exploratório com abordagem quantitativa e qualitativa desenvolvendo-se como estudo de caso. Foram utilizados dois questionários semiestruturados: um para os usuários e outro para profissionais. Foi realizada análise descritiva quantitativa e análise de conteúdo. Na amostra havia 40 profissionais e 12 usuários. Verificou-se que a comunidade atendida demonstrou grande interesse e aceitação pela fitoterapia e oficinas promovidas pelo Serviço de Nutrição. As plantas com maior frequência de citação foram: Camomila (Matricaria chamomilla) e Capim Santo (Cymbopogom citratus). A principal indicação das plantas medicinais utilizadas foi calmante. O trabalho evidenciou que a equipe multiprofissional de saúde acha importante a fitoterapia na APS, embora perceba que não há incentivo ao uso dessa terapêutica em serviço. Conclui-se que a implantação de um ambulatório de PIC’s, através do NASF-AB em apoio a Estratégia de Saúde da Família, possibilitou a inserção de uma fitoterapia cientificamente embasada, através do nutricionista. Bem como, há a necessidade de incentivos governamentais para que os profissionais de saúde da APS possam ter acesso a uma formação consolidada em PIC’s.