Artigo: Da Silveira TB, Tavella RA, Fernandez JB, Ribeiro APFA, Garcia EM, da Silva Júnior FMR. Perfil epidemiológico de recém-nascidos internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal em hospitais universitários no extremo Sul do Brasil. Vittalle 2020; 32(2): 46-54.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Thiago
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Vittalle (Online)
Texto Completo: https://periodicos.furg.br/vittalle/article/view/12303
Resumo: Como comentários ao artigo “Perfil epidemiológico de recém-nascidos internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal em hospitais universitários no extremo Sul do Brasil.” (1) publicado na sua estimada revista (volume 32, número 2, 2020), gostaria de complementar alguns pontos. O artigo demonstra que a prematuridade, baixo peso ao nascer, perímetro cefálico reduzido e doenças respiratórias foram os desfechos desfavoráveis mais prevalentes entre os recém nascidos internados (1). A prematuridade aumenta a prevalência da retinopatia da prematuridade que está entre as principais causas de cegueira prevenível nessa faixa etária (2,3). Isso demonstra a necessidade de capacitação adequada dos médicos para lidar com essas patologias.  A formação de especialistas em retinopatia da prematuridade e muitas vezes inadequada, que muitas vezes discordam dos critérios clínicos utilizados na avaliação dos estágios da retinopatia da prematuridade (4). Esses problemas podem ser solucionados com a melhor capacitação dos médicos generalistas na triagem de problemas oftalmológicos, como com o desenvolvimento de modelos de ensino para o treinamento do teste do reflexo vermelho (5). Outra alternativa é o desenvolvimento de novos equipamentos que auxiliem a captura da imagem da retina dos prematuros e permita o adequado acompanhamento desses pacientes por programas de telemedicina (6). Outra solução para o aumento de demanda de patologias oftalmológicas em recém nascidos e o desenvolvimento de algoritmos de inteligência artificial que permitem uma análise automática das imagens, avaliando alguns graus de retinopatia da prematuridade, principalmente avaliando a forma plus da doença, que possui um aumento da tortuosidade vascular. Contudo, os algoritmos ainda possuem uma dificuldade de avaliar adequadamente as imagens da periferia da retina do recém-nascido, que são os locais de maior interesse, já que a vascularização da retina só atinge a região periférica com o adequado desenvolvimento desses pacientes (7) Dessa forma, o conhecimento do perfil dos recém nascidos das unidades de terapia intensiva são importantes para o desenvolvimento de políticas públicas adequadas de triagem das patologias mais prevalentes. Essas políticas podem englobar uma adequada formação dos profissionais de saúde, além do uso da tecnologia como o desenvolvimento de programas de telemedicina ou inteligência artificial. O retorno desse investimento e garantido pela redução de importantes causas de cegueira preveníveis devido ao aumento do número de prematuros de risco.
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