A Escola e o corpo - antimestiçagem entre os Mbya GuaraniLa Escuela y el cuerpo - Antimestizaje entre los Mbyá GuaraníThe School and the body - Anti Miscegenation among the Mbyá Guarani

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: De la Fare, Mónica
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Carreira, Fernando
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Remea - Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental (Online)
Texto Completo: https://periodicos.furg.br/remea/article/view/8130
Resumo: “Somos seres divididos, temos na cabeça as coisas dos dois mundos”, afirmam os índios guaranis. Com isso parecem querer dizer que são, isto é, vivem ao mesmo tempo como índios e brancos. Certamente podemos caracterizar o movimento que empreendem através da escolarização das aldeias rumo ao mundo ocidental nos termos da teoria da mestiçagem, de sua transformação definitiva. Mas isto seria negligenciar o que contam os mbya acerca de sua experiência com os brancos. Entre eles, ao contrário, a experiência parece remeter a uma forma de pensar as relações inter-étnicas a partir do principio da não mistura, de manter a diferença como “estratégia” de convivência. É nesse sentido que este texto busca apreender a experiência escolar guarani, enquanto possibilidade de efetivação de uma estratégia de convivência pautada pelo princípio da não mistura. “Somos seres divididos, tenemos en la cabeza las cosas de dos mundos”, afirman los indios guaraníes. Esa afirmación parece querer decir que son, o sea, que viven al mismo tiempo como indios y como blancos. Esto nos orientaría a caracterizar el movimiento que emprenden a través de la escolarización de las aldeas rumbo al mundo occidental en los términos de la teoría del mestizaje, de una transformación definitiva. Sin embargo, eso significaría negligenciar lo que cuentan los Mbyá sobre su experiencia con los blancos. Entre ellos, al contrario de lo afirmado, la experiencia parece remitir a una forma de pensar las relaciones inter-étnicas a partir del principio de no mezclarse, de mantener la diferencia como “estrategia” de convivencia. Es en ese sentido que este texto busca comprender la experiencia escolar guaraní, como posibilidad de hacer efectiva una estrategia de convivencia pautada por el principio de no mezclarse. “We are divided human beings, we have in the head things of two worlds” say Guaranis Indians. By this they seem to mean they are, that is, they live at the same time as Indians and white men. We could certainly characterize the movement they undertake through village schooling towards the Western world in terms of the theory of miscegenation, of its ultimate transformation. But this would be to neglect what the mbya tell about their experience with white men. Among them, instead, the experience seems to refer to a way of thinking inter-ethnic relations from the principle of non-mixing. To keep the difference as a "strategy" of coexistence. It is in this sense that this text seeks to apprehend the Guarani school experience, as a possibility to implement a strategy of coexistence guided by the principle of non-mixing.
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