Escavações arqueológicas na igreja Nossa Senhora da Conceição, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Pedro Augusto Mentz
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Pestana, Marlon Borges, Fonseca, Rodrigo Germano, Weska, Tatiana Farias
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/226
Resumo: O projeto teve como objetivo completar, através da cultura material, lacunas da história da igreja Nossa Senhora da Conceição (1874) e da região onde está inserida. Foram realizados cortes experimentais na parte externa (fundos) e interna do templo (altar e nave central). O perfil estratigráfico do pátio apresentou cinco camadas, alcançando 1,90m de profundidade, já o interno revelou três camadas e a profundidade de 1,20m. Escavações foram realizadas ao redor de uma estrutura (poço) encontrada na nave lateral esquerda, junto ao altar, 0,60cm abaixo do piso atual. O poço mede 2,25m de diâmetro interno, 0,33m de espessura (comprimento dos tijolos) e 0,02m de reboco. Material resgatado: cerâmica (vasilhas das tradições Tupiguarani, Vieira e Neobrasileira e cachimbo da Neobrasileira); cerâmica colonial e colonial vidrada; louça (faiança, faiança fina, ironstone, salt-glazed, etc.); vidro (garrafas, taças, toucador, frascos de remédio, etc.); metal (lâmina de machado, colher, armadilha para animais, tesouras, chaves, cravos, pregos, panelas fragmentadas, moedas portuguesas e do Brasil Império etc.); osso (botões, cabos e restos de alimentação); lítico: material (afiador de faca, lousas, ponteiras, etc.); matéria-prima (ardósia, quartzo leitoso, granito, arenito etc.). O material arqueológico foi classificado, restaurado, analisado, fotografado, desenhado, foram confeccionadas tabelas e o material foi acondicionado conforme método Mentz Ribeiro (2004); em gabinete, realizaram-se estudos comparativos, a arte final e redação do presente artigo científico para publicação. Entre os resultados preliminares, concluímos que o poço pertencia a uma residência situada ao oeste, provavelmente junto à rua, ou seria um dos dez que abasteciam a cidade por volta de 1860. Com o início da construção da igreja (1872), o mesmo teria sido aterrado. Não foram encontrados vestígios do forte Jesus-Maria-José, de 1737, descartando uma tradição oral de que a igreja teria sido construída sobre aquela construção militar, marco da colonização portuguesa no Rio Grande do Sul.
id FURG_0a3b8ecdb7c2e15a2df47f686e561674
oai_identifier_str oai:repositorio.furg.br:1/226
network_acronym_str FURG
network_name_str Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
repository_id_str
spelling Ribeiro, Pedro Augusto MentzPestana, Marlon BorgesFonseca, Rodrigo GermanoWeska, Tatiana Farias2010-11-08T16:10:05Z2010-11-08T16:10:05Z2005RIBEIRO, P. A. M. et al. Escavações arqueológicas na igreja Nossa Senhora da Conceição, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Biblos, Rio Grande, v. 18, p.15-45, 2006. Disponível em: <http://www.seer.furg.br/ojs/index.php/biblos/article/view/75/240>. Acesso em: 04 nov. 2010.http://repositorio.furg.br/handle/1/226O projeto teve como objetivo completar, através da cultura material, lacunas da história da igreja Nossa Senhora da Conceição (1874) e da região onde está inserida. Foram realizados cortes experimentais na parte externa (fundos) e interna do templo (altar e nave central). O perfil estratigráfico do pátio apresentou cinco camadas, alcançando 1,90m de profundidade, já o interno revelou três camadas e a profundidade de 1,20m. Escavações foram realizadas ao redor de uma estrutura (poço) encontrada na nave lateral esquerda, junto ao altar, 0,60cm abaixo do piso atual. O poço mede 2,25m de diâmetro interno, 0,33m de espessura (comprimento dos tijolos) e 0,02m de reboco. Material resgatado: cerâmica (vasilhas das tradições Tupiguarani, Vieira e Neobrasileira e cachimbo da Neobrasileira); cerâmica colonial e colonial vidrada; louça (faiança, faiança fina, ironstone, salt-glazed, etc.); vidro (garrafas, taças, toucador, frascos de remédio, etc.); metal (lâmina de machado, colher, armadilha para animais, tesouras, chaves, cravos, pregos, panelas fragmentadas, moedas portuguesas e do Brasil Império etc.); osso (botões, cabos e restos de alimentação); lítico: material (afiador de faca, lousas, ponteiras, etc.); matéria-prima (ardósia, quartzo leitoso, granito, arenito etc.). O material arqueológico foi classificado, restaurado, analisado, fotografado, desenhado, foram confeccionadas tabelas e o material foi acondicionado conforme método Mentz Ribeiro (2004); em gabinete, realizaram-se estudos comparativos, a arte final e redação do presente artigo científico para publicação. Entre os resultados preliminares, concluímos que o poço pertencia a uma residência situada ao oeste, provavelmente junto à rua, ou seria um dos dez que abasteciam a cidade por volta de 1860. Com o início da construção da igreja (1872), o mesmo teria sido aterrado. Não foram encontrados vestígios do forte Jesus-Maria-José, de 1737, descartando uma tradição oral de que a igreja teria sido construída sobre aquela construção militar, marco da colonização portuguesa no Rio Grande do Sul.porEscavações arqueológicas na igreja Nossa Senhora da Conceição, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)instacron:FURGORIGINAL240.pdf240.pdfapplication/pdf768726https://repositorio.furg.br/bitstream/1/226/1/240.pdf0b41c063942c6ff96949bd5e7def79ddMD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81724https://repositorio.furg.br/bitstream/1/226/2/license.txt5b92b9704b4f13242d70e45ddef35a68MD52open access1/2262011-08-02 22:58:26.447open accessoai:repositorio.furg.br:1/226w4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLAphbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYQpsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0KY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkZTogcmVwb3NpdG9yaW9AZnVyZy5iciBvdSAweHggNTMgMzIzMy02NzA2LgoKTElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvL2EgU3IuL1NyYS4gKGF1dG9yIG91IGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcik6CgphKSBDb25jZWRlIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFJpbyBHcmFuZGUgLSAgRlVSRyBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0KZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUKZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MKZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcwpkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIEZVUkcgb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IGNvbnRlw7pkbyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUuCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIGZpbmFuY2lhZG8gb3UgYXBvaWFkbwpwb3Igb3V0cmEgaW5zdGl0dWnDp8OjbyBxdWUgbsOjbyBhIEZVUkcsIGRlY2xhcmEgcXVlIGN1bXByaXUgcXVhaXNxdWVyIG9icmlnYcOnw7VlcyBleGlnaWRhcyBwZWxvIHJlc3BlY3Rpdm8gY29udHJhdG8gb3UgYWNvcmRvLgoKQSBGVVJHIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldSAocykgbm9tZSAocykgY29tbyBvIChzKSBhdXRvciAoZXMpIG91IGRldGVudG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSwgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRhcyBwZXJtaXRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.furg.br/oai/request || http://200.19.254.174/oai/requestopendoar:2011-08-03T01:58:26Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Escavações arqueológicas na igreja Nossa Senhora da Conceição, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil
title Escavações arqueológicas na igreja Nossa Senhora da Conceição, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil
spellingShingle Escavações arqueológicas na igreja Nossa Senhora da Conceição, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil
Ribeiro, Pedro Augusto Mentz
title_short Escavações arqueológicas na igreja Nossa Senhora da Conceição, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil
title_full Escavações arqueológicas na igreja Nossa Senhora da Conceição, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil
title_fullStr Escavações arqueológicas na igreja Nossa Senhora da Conceição, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil
title_full_unstemmed Escavações arqueológicas na igreja Nossa Senhora da Conceição, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil
title_sort Escavações arqueológicas na igreja Nossa Senhora da Conceição, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil
author Ribeiro, Pedro Augusto Mentz
author_facet Ribeiro, Pedro Augusto Mentz
Pestana, Marlon Borges
Fonseca, Rodrigo Germano
Weska, Tatiana Farias
author_role author
author2 Pestana, Marlon Borges
Fonseca, Rodrigo Germano
Weska, Tatiana Farias
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Ribeiro, Pedro Augusto Mentz
Pestana, Marlon Borges
Fonseca, Rodrigo Germano
Weska, Tatiana Farias
description O projeto teve como objetivo completar, através da cultura material, lacunas da história da igreja Nossa Senhora da Conceição (1874) e da região onde está inserida. Foram realizados cortes experimentais na parte externa (fundos) e interna do templo (altar e nave central). O perfil estratigráfico do pátio apresentou cinco camadas, alcançando 1,90m de profundidade, já o interno revelou três camadas e a profundidade de 1,20m. Escavações foram realizadas ao redor de uma estrutura (poço) encontrada na nave lateral esquerda, junto ao altar, 0,60cm abaixo do piso atual. O poço mede 2,25m de diâmetro interno, 0,33m de espessura (comprimento dos tijolos) e 0,02m de reboco. Material resgatado: cerâmica (vasilhas das tradições Tupiguarani, Vieira e Neobrasileira e cachimbo da Neobrasileira); cerâmica colonial e colonial vidrada; louça (faiança, faiança fina, ironstone, salt-glazed, etc.); vidro (garrafas, taças, toucador, frascos de remédio, etc.); metal (lâmina de machado, colher, armadilha para animais, tesouras, chaves, cravos, pregos, panelas fragmentadas, moedas portuguesas e do Brasil Império etc.); osso (botões, cabos e restos de alimentação); lítico: material (afiador de faca, lousas, ponteiras, etc.); matéria-prima (ardósia, quartzo leitoso, granito, arenito etc.). O material arqueológico foi classificado, restaurado, analisado, fotografado, desenhado, foram confeccionadas tabelas e o material foi acondicionado conforme método Mentz Ribeiro (2004); em gabinete, realizaram-se estudos comparativos, a arte final e redação do presente artigo científico para publicação. Entre os resultados preliminares, concluímos que o poço pertencia a uma residência situada ao oeste, provavelmente junto à rua, ou seria um dos dez que abasteciam a cidade por volta de 1860. Com o início da construção da igreja (1872), o mesmo teria sido aterrado. Não foram encontrados vestígios do forte Jesus-Maria-José, de 1737, descartando uma tradição oral de que a igreja teria sido construída sobre aquela construção militar, marco da colonização portuguesa no Rio Grande do Sul.
publishDate 2005
dc.date.issued.fl_str_mv 2005
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2010-11-08T16:10:05Z
dc.date.available.fl_str_mv 2010-11-08T16:10:05Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv RIBEIRO, P. A. M. et al. Escavações arqueológicas na igreja Nossa Senhora da Conceição, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Biblos, Rio Grande, v. 18, p.15-45, 2006. Disponível em: <http://www.seer.furg.br/ojs/index.php/biblos/article/view/75/240>. Acesso em: 04 nov. 2010.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.furg.br/handle/1/226
identifier_str_mv RIBEIRO, P. A. M. et al. Escavações arqueológicas na igreja Nossa Senhora da Conceição, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Biblos, Rio Grande, v. 18, p.15-45, 2006. Disponível em: <http://www.seer.furg.br/ojs/index.php/biblos/article/view/75/240>. Acesso em: 04 nov. 2010.
url http://repositorio.furg.br/handle/1/226
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
instacron:FURG
instname_str Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
instacron_str FURG
institution FURG
reponame_str Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
collection Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.furg.br/bitstream/1/226/1/240.pdf
https://repositorio.furg.br/bitstream/1/226/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 0b41c063942c6ff96949bd5e7def79dd
5b92b9704b4f13242d70e45ddef35a68
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798313582076624896