Interação entre as radiações infravermelha e ultravioleta em células melanocíticas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FURG (RI FURG) |
Texto Completo: | http://repositorio.furg.br/handle/1/9661 |
Resumo: | Por muitos anos, pesquisas foram desenvolvidas para esclarecer o impacto da radiação ultravioleta (UV) sobre a saúde humana, por esta ser considerada a radiação solar mais nociva e mutagênica do espectro eletromagnético não ionizante. Posteriomente foi observado dentre as demais radiações solares, que a radiação infravermelha (RIV) também poderia causar efeitos biológicos sobre a pele humana. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar se a pré-exposição à RIV atérmica pode causar um efeito protetor dos danos citotóxicos causados pela UV, em uma linhagem celular melanocítica, melan-a. A partir deste propósito, foi analisada a proliferação e viabilidade celular após exposição à radiação ultravioleta A (UVA), radiação ultravioleta B (UVB), RIV e interação RIV com UVA ou UVB, a capacidade de causar danos no DNA, peroxidação lipídica, a produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) e a capacidade antioxidante total. Para exposição à radiação UVA foram utilizadas as doses 0,2 J/cm2; 0,4 J/cm2; 0,8 J/cm2; 1,2 J/cm2 e 1,6 J/cm2 para teste com MTT; 0,8 J/cm2; 1,2 J/cm2; 1,6 J/cm2; 2,0 J/cm2 e 2,4 J/cm2 para teste com azul de trypan. Para exposição à radiação UVB foram utilizadas as doses 0,005 J/cm2; 0,01 J/cm2; 0,015 J/cm2; 0,03 J/cm2 e 0,05 J/cm2 e para RIV-A as doses 0,8 J/cm2; 1,6 J/cm2; 2,5 J/cm2; 3,3 J/cm2 e 4,2 J/cm2. Os resultados mostram que a radiação UVA, UVB e RIV foram capazes de inibir a proliferação e alterar a viabilidade de forma dose e tempo dependentes. Para os experimentos com interação, foram escolhidas as doses 1,2 J/cm2 de UVA, 0,015 J/cm2 de UVB e 0,8 J/cm2 de RIV. A dose de UVA escolhida induziu proliferação celular, a dose de UVB inibiu proliferação celular, enquanto que a dose de RIV não alterou a proliferação celular. Na interação com a radiação UVA, a pré-exposição à RIV não foi capaz de diminuir a proliferação celular induzida pela radiação UVA, em todos os tempos analisados. Já na interação com a radiação UVB, a pré-exposição à RIV foi capaz de estimular a proliferação celular 24 horas após a exposição, porém este efeito foi perdido nos demais tempos analisados. Desta forma, as análises de danos celulares e estresse oxidativo foram realizadas para interação entre RIV e UVB nos tempos 0, 24 e 48 horas após a exposição. A pré-exposição à RIV protegeu as células dos danos no DNA e peroxidação lipídica induzidos por UVB. Os danos no DNA foram protegidos em 0 e 24 horas após irradiações e a peroxidação lipídica foi protegida em todos os tempos. Esta proteção possivelmente não esteve relacionada ao estresse oxidativo observado, uma vez que houve o desbalanço entre produção de ERO e sistema de defesa antioxidante 24 e 48 horas após a exposição. Sendo assim, a RIV atérmica protegeu os melanócitos não tumorais (melan-a) dos danos causados pela exposição à radiação UVB e ainda, sugere-se a necessidade de reexposições a RIV para manter o efeito protetor desta radiação. |
id |
FURG_0b8b9d677797a156e3852ef21b3ba555 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.furg.br:1/9661 |
network_acronym_str |
FURG |
network_name_str |
Repositório Institucional da FURG (RI FURG) |
repository_id_str |
|
spelling |
Interação entre as radiações infravermelha e ultravioleta em células melanocíticasPor muitos anos, pesquisas foram desenvolvidas para esclarecer o impacto da radiação ultravioleta (UV) sobre a saúde humana, por esta ser considerada a radiação solar mais nociva e mutagênica do espectro eletromagnético não ionizante. Posteriomente foi observado dentre as demais radiações solares, que a radiação infravermelha (RIV) também poderia causar efeitos biológicos sobre a pele humana. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar se a pré-exposição à RIV atérmica pode causar um efeito protetor dos danos citotóxicos causados pela UV, em uma linhagem celular melanocítica, melan-a. A partir deste propósito, foi analisada a proliferação e viabilidade celular após exposição à radiação ultravioleta A (UVA), radiação ultravioleta B (UVB), RIV e interação RIV com UVA ou UVB, a capacidade de causar danos no DNA, peroxidação lipídica, a produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) e a capacidade antioxidante total. Para exposição à radiação UVA foram utilizadas as doses 0,2 J/cm2; 0,4 J/cm2; 0,8 J/cm2; 1,2 J/cm2 e 1,6 J/cm2 para teste com MTT; 0,8 J/cm2; 1,2 J/cm2; 1,6 J/cm2; 2,0 J/cm2 e 2,4 J/cm2 para teste com azul de trypan. Para exposição à radiação UVB foram utilizadas as doses 0,005 J/cm2; 0,01 J/cm2; 0,015 J/cm2; 0,03 J/cm2 e 0,05 J/cm2 e para RIV-A as doses 0,8 J/cm2; 1,6 J/cm2; 2,5 J/cm2; 3,3 J/cm2 e 4,2 J/cm2. Os resultados mostram que a radiação UVA, UVB e RIV foram capazes de inibir a proliferação e alterar a viabilidade de forma dose e tempo dependentes. Para os experimentos com interação, foram escolhidas as doses 1,2 J/cm2 de UVA, 0,015 J/cm2 de UVB e 0,8 J/cm2 de RIV. A dose de UVA escolhida induziu proliferação celular, a dose de UVB inibiu proliferação celular, enquanto que a dose de RIV não alterou a proliferação celular. Na interação com a radiação UVA, a pré-exposição à RIV não foi capaz de diminuir a proliferação celular induzida pela radiação UVA, em todos os tempos analisados. Já na interação com a radiação UVB, a pré-exposição à RIV foi capaz de estimular a proliferação celular 24 horas após a exposição, porém este efeito foi perdido nos demais tempos analisados. Desta forma, as análises de danos celulares e estresse oxidativo foram realizadas para interação entre RIV e UVB nos tempos 0, 24 e 48 horas após a exposição. A pré-exposição à RIV protegeu as células dos danos no DNA e peroxidação lipídica induzidos por UVB. Os danos no DNA foram protegidos em 0 e 24 horas após irradiações e a peroxidação lipídica foi protegida em todos os tempos. Esta proteção possivelmente não esteve relacionada ao estresse oxidativo observado, uma vez que houve o desbalanço entre produção de ERO e sistema de defesa antioxidante 24 e 48 horas após a exposição. Sendo assim, a RIV atérmica protegeu os melanócitos não tumorais (melan-a) dos danos causados pela exposição à radiação UVB e ainda, sugere-se a necessidade de reexposições a RIV para manter o efeito protetor desta radiação.Trindade, Gilma SantosLettnin, Aline Portantiolo2021-10-28T00:57:43Z2021-10-28T00:57:43Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfLETTNIN, Aline Portantiolo. Interação entre as radiações infravermelha e ultravioleta em células melanocíticas. 2015. 73 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Fisiológicas – Fisiologia Animal Comparada) – Instituto de Ciências Biológicas. Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande.http://repositorio.furg.br/handle/1/9661porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)instacron:FURG2021-10-28T00:57:43Zoai:repositorio.furg.br:1/9661Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.furg.br/oai/request || http://200.19.254.174/oai/requestopendoar:2021-10-28T00:57:43Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Interação entre as radiações infravermelha e ultravioleta em células melanocíticas |
title |
Interação entre as radiações infravermelha e ultravioleta em células melanocíticas |
spellingShingle |
Interação entre as radiações infravermelha e ultravioleta em células melanocíticas Lettnin, Aline Portantiolo |
title_short |
Interação entre as radiações infravermelha e ultravioleta em células melanocíticas |
title_full |
Interação entre as radiações infravermelha e ultravioleta em células melanocíticas |
title_fullStr |
Interação entre as radiações infravermelha e ultravioleta em células melanocíticas |
title_full_unstemmed |
Interação entre as radiações infravermelha e ultravioleta em células melanocíticas |
title_sort |
Interação entre as radiações infravermelha e ultravioleta em células melanocíticas |
author |
Lettnin, Aline Portantiolo |
author_facet |
Lettnin, Aline Portantiolo |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Trindade, Gilma Santos |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Lettnin, Aline Portantiolo |
description |
Por muitos anos, pesquisas foram desenvolvidas para esclarecer o impacto da radiação ultravioleta (UV) sobre a saúde humana, por esta ser considerada a radiação solar mais nociva e mutagênica do espectro eletromagnético não ionizante. Posteriomente foi observado dentre as demais radiações solares, que a radiação infravermelha (RIV) também poderia causar efeitos biológicos sobre a pele humana. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar se a pré-exposição à RIV atérmica pode causar um efeito protetor dos danos citotóxicos causados pela UV, em uma linhagem celular melanocítica, melan-a. A partir deste propósito, foi analisada a proliferação e viabilidade celular após exposição à radiação ultravioleta A (UVA), radiação ultravioleta B (UVB), RIV e interação RIV com UVA ou UVB, a capacidade de causar danos no DNA, peroxidação lipídica, a produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) e a capacidade antioxidante total. Para exposição à radiação UVA foram utilizadas as doses 0,2 J/cm2; 0,4 J/cm2; 0,8 J/cm2; 1,2 J/cm2 e 1,6 J/cm2 para teste com MTT; 0,8 J/cm2; 1,2 J/cm2; 1,6 J/cm2; 2,0 J/cm2 e 2,4 J/cm2 para teste com azul de trypan. Para exposição à radiação UVB foram utilizadas as doses 0,005 J/cm2; 0,01 J/cm2; 0,015 J/cm2; 0,03 J/cm2 e 0,05 J/cm2 e para RIV-A as doses 0,8 J/cm2; 1,6 J/cm2; 2,5 J/cm2; 3,3 J/cm2 e 4,2 J/cm2. Os resultados mostram que a radiação UVA, UVB e RIV foram capazes de inibir a proliferação e alterar a viabilidade de forma dose e tempo dependentes. Para os experimentos com interação, foram escolhidas as doses 1,2 J/cm2 de UVA, 0,015 J/cm2 de UVB e 0,8 J/cm2 de RIV. A dose de UVA escolhida induziu proliferação celular, a dose de UVB inibiu proliferação celular, enquanto que a dose de RIV não alterou a proliferação celular. Na interação com a radiação UVA, a pré-exposição à RIV não foi capaz de diminuir a proliferação celular induzida pela radiação UVA, em todos os tempos analisados. Já na interação com a radiação UVB, a pré-exposição à RIV foi capaz de estimular a proliferação celular 24 horas após a exposição, porém este efeito foi perdido nos demais tempos analisados. Desta forma, as análises de danos celulares e estresse oxidativo foram realizadas para interação entre RIV e UVB nos tempos 0, 24 e 48 horas após a exposição. A pré-exposição à RIV protegeu as células dos danos no DNA e peroxidação lipídica induzidos por UVB. Os danos no DNA foram protegidos em 0 e 24 horas após irradiações e a peroxidação lipídica foi protegida em todos os tempos. Esta proteção possivelmente não esteve relacionada ao estresse oxidativo observado, uma vez que houve o desbalanço entre produção de ERO e sistema de defesa antioxidante 24 e 48 horas após a exposição. Sendo assim, a RIV atérmica protegeu os melanócitos não tumorais (melan-a) dos danos causados pela exposição à radiação UVB e ainda, sugere-se a necessidade de reexposições a RIV para manter o efeito protetor desta radiação. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015 2021-10-28T00:57:43Z 2021-10-28T00:57:43Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
LETTNIN, Aline Portantiolo. Interação entre as radiações infravermelha e ultravioleta em células melanocíticas. 2015. 73 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Fisiológicas – Fisiologia Animal Comparada) – Instituto de Ciências Biológicas. Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande. http://repositorio.furg.br/handle/1/9661 |
identifier_str_mv |
LETTNIN, Aline Portantiolo. Interação entre as radiações infravermelha e ultravioleta em células melanocíticas. 2015. 73 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Fisiológicas – Fisiologia Animal Comparada) – Instituto de Ciências Biológicas. Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande. |
url |
http://repositorio.furg.br/handle/1/9661 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG) instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG) instacron:FURG |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande (FURG) |
instacron_str |
FURG |
institution |
FURG |
reponame_str |
Repositório Institucional da FURG (RI FURG) |
collection |
Repositório Institucional da FURG (RI FURG) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1813187231603490816 |