Toxicidade do chumbo, em diferentes temperaturas, sobre hemócitos da Pomacea canaliculata (Mollusca, Gastropoda)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FURG (RI FURG) |
Texto Completo: | http://repositorio.furg.br/handle/1/8707 |
Resumo: | Os ecossistemas encontram-se em uma situação crítica, onde os xenobióticos são os principais responsáveis pela contaminação em corpos de água doce. Sendo que inúmeros problemas ambientais são causados por metais pesados como o chumbo e os seus níveis de acumulação nos tecidos dos organismos podem representar a biodisponibilidade desses metais no ambiente aquático. Algumas características físicas do ambiente, como a temperatura, podem influenciar a toxicidade dos metais deixando-os mais ou menos disponíveis no meio. Assim, o estudo das interações entre fatores bióticos e abióticos se torna interessante, porque podem proporcionar uma visão mais realista do funcionamento dos ecossistemas. Devido a isso, o objetivo do estudo foi analisar se a variação de temperatura pode influenciar na toxicidade do chumbo, em hemócitos da Pomacea canaliculata. Para isso, foram realizados ensaios citotóxicos, uma modelagem in vitro em que alguns parâmetros celulares foram investigados. Os parâmetros celulares avaliados foram a atividade lisossomal e mitocondrial, morfologia e volume celular, frequência de células esféricas, apoptose e necrose. No presente estudo, quando os hemócitos foram expostos à concentração de 0,01mg/l de chumbo (Permitida pela legislação brasileira) na temperatura 11°C, houve aumento na atividade mitocondrial. Já nas temperaturas de 11°C e 15°C, também foi observado aumento da atividade mitocondrial na concentração maior de chumbo (1mg/l). Além disso, também foi observado efeito significativo da atuação conjunta do chumbo e temperatura sobre a frequência de células maiores, em que o aumento dessa frequência foi constatado na concentração intermediária de chumbo (0,1mg/l) na temperatura de 11°C. Porém, a ação conjunta de ambos fatores não afetou os demais parâmetros analisados. Desse modo, pode-se concluir que os caramujos da espécie Pomacea canaliculata são animais resistentes. Assim, ao se depararem em uma situação de estresse gerada por metais, ou frente a um cenário de mudanças climáticas, as células desses organismos conseguem responder positivamente a esses estressores ambientais. |
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