Variação espacial e intra-anual na dieta de Lontra longicaudis (Olfers, 1818) em três áreas do extremo sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peres, Brisa
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/6045
Resumo: A dieta da lontra neotropical é um dos aspectos mais conhecidos da sua biologia, no entanto, a maior parte dos estudos é realizada em apenas um corpo d’água, o que dificulta a compreensão das variações espaciais e sazonais na dieta desse mamífero de topo de cadeia. O presente estudo teve como objetivo compreender o hábito alimentar da L. longicaudis em três áreas do entorno do banhado do Taim e verificar a variação espacial e intra-anual na composição da dieta. Para a análise da dieta foram coletadas fezes da lontra neotropical em três corpos d´água de diferentes fisionomias no entorno do banhando do Taim. Em laboratório o material foi triado, identificado e classificado em sete categorias (molusco, crustáceo, inseto, peixe, anfíbio, ave e mamífero). Para compreender a importância de cada categoria foram calculadas as frequências de ocorrência absoluta (FOa) e relativa (FOr). As variações na dieta entre os locais e entre as estações foram testadas através de uma PERMANOVA de duas vias e por fim, foi aplicada a análise de similaridade de SIMPER, para verificar quais itens alimentares contribuíram mais na variação espacial e sazonal. Foram coletadas 315 fezes nas três áreas amostradas, o item peixe foi o mais consumido em todas as áreas e estações, entretanto, o segundo item mais predado variou espacial e sazonalmente. Houve diferença significativa na dieta entre as áreas com e sem o item peixe (p= 0,0001), com maior dissimilaridade entre o arroio Vargas e o canal do Marmeleiro. A dieta entre as estações também variou de forma significativa entre todos os locais e em cada área individualmente. Os resultados indicaram diferença na dieta da Lontra longicaudis nas três áreas amostradas e ao longo das estações no extremo Sul do país. Os itens secundários e complementares variaram significativamente entre as áreas, de acordo com as características de cada local, e entre as estações, provavelmente conforme a variação na disponibilidade das presas e a facilidade em predá-las.
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