Sinalização do óxido nítrico na dispersão pigmentar induzida pela radiação ultra-violeta nos melanoforos do caranguejo (chasmagnahtus granulatus)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FURG (RI FURG) |
Texto Completo: | http://repositorio.furg.br/handle/1/8212 |
Resumo: | Esta dissertação teve como objetivo investigar a participação do óxido nítrico (NO) na dispersão pigmentar induzida pela radiação ultravioleta (UV) nos melanóforos do caranguejo Chasmagnathus granulatus. Para tanto foram verificados os efeitos de vários fármacos moduladores da produção de NO em ensaios in vivo e in vitro, bem como foi feita a análise histológica da presença da enzima óxido nítrico sintase (NOS) na epiderme deste caranguejo. Primeiramente, testamos se a produção de NO, por si só, induzia a dispersão pigmentar nos melanóforos de Chasmagnathus granulatus. Para isso, os meropoditos do terceiro par de maxilípedes foram expostos a diferentes concentrações de um potente doador de NO, o SIN-1. Estes melanóforos apresentaram dispersão pigmentar dose dependente à medida que se aumentava a concentração deste fármaco no meio. Em um segundo passo, analisamos a ação sinalizadora do NO na mudança de cor induzida pela radiação UV em Chasmagnathus granulatus. Para tanto animais apedunculados foram expostos a diferentes doses de UVA (6,4; 1,5; 0,6; 0,2; 0,07 J/cm2) e UVB (8,1; 3,1; 1,2; 0,9; 0,6; 0,03 J/cm2). Estes animais recebiam a injeção (100 L) de L-NAME (500nmol/animal), PTIO (10 nmol/animal), BSO (14,5 nmol/animal) ou solução fisiológica (controles) 15 min antes da exposição. Os animais expostos a radiação UVA e previamente injetados com L NAME apresentaram uma inibição da resposta pigmentar quando comparados com os animais controles. O mesmo pode ser verificado na exposição a radiação UVB. Já os animais que receberam PTIO apresentaram diferentes respostas quando expostos a radiação UVA ou UVB. O PTIO foi capaz de inibir a resposta pigmentar induzida pela radiação UVA, porém isto não foi percebido quando estes animais foram expostos a radiação UVB. Em uma próxima etapa, investigamos se o aumento da concentração de espécies reativas induziria a formação não enzimática de NO. Para isso utilizamos o BSO, um inibidor da -glutamilcisteina, uma enzima chave para a formação de GSH. Os animais expostos a radiação UVA e previamente injetados com BSO não apresentaram diferença na resposta pigmentar quando comparados aos animais controles. Em uma ultima etapa, investigamos a localização da NOS na epiderme do caranguejo Chasmagnthus granulatus. Desta forma, foram feitos cortes histológicos submetidos a duas técnicas que determinam a presença da NOS, a NADPH-diaforase e a imunocitoquímica contra um anticorpo da nNOS. Os cortes histológicos foram positivos para ambas técnicas revelando que a NOS está presente no epitélio do caranguejo Chasmagnathus granulatus. Estes resultados sugerem que o NO é uma importante molécula para induzir dispersão pigmentar nos melanóforos do caranguejo Chasmagnathus granulatus e, além disso, a NOS parece estar envolvida no processo de sinalização da resposta pigmentar induzida pela radiação UV . |
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Sinalização do óxido nítrico na dispersão pigmentar induzida pela radiação ultra-violeta nos melanoforos do caranguejo (chasmagnahtus granulatus)Óxido nítricoDispersão pigmentarNitric OxideUV radiationMelanophoresPigment dispersionChasmagnathus granulatusEsta dissertação teve como objetivo investigar a participação do óxido nítrico (NO) na dispersão pigmentar induzida pela radiação ultravioleta (UV) nos melanóforos do caranguejo Chasmagnathus granulatus. Para tanto foram verificados os efeitos de vários fármacos moduladores da produção de NO em ensaios in vivo e in vitro, bem como foi feita a análise histológica da presença da enzima óxido nítrico sintase (NOS) na epiderme deste caranguejo. Primeiramente, testamos se a produção de NO, por si só, induzia a dispersão pigmentar nos melanóforos de Chasmagnathus granulatus. Para isso, os meropoditos do terceiro par de maxilípedes foram expostos a diferentes concentrações de um potente doador de NO, o SIN-1. Estes melanóforos apresentaram dispersão pigmentar dose dependente à medida que se aumentava a concentração deste fármaco no meio. Em um segundo passo, analisamos a ação sinalizadora do NO na mudança de cor induzida pela radiação UV em Chasmagnathus granulatus. Para tanto animais apedunculados foram expostos a diferentes doses de UVA (6,4; 1,5; 0,6; 0,2; 0,07 J/cm2) e UVB (8,1; 3,1; 1,2; 0,9; 0,6; 0,03 J/cm2). Estes animais recebiam a injeção (100 L) de L-NAME (500nmol/animal), PTIO (10 nmol/animal), BSO (14,5 nmol/animal) ou solução fisiológica (controles) 15 min antes da exposição. Os animais expostos a radiação UVA e previamente injetados com L NAME apresentaram uma inibição da resposta pigmentar quando comparados com os animais controles. O mesmo pode ser verificado na exposição a radiação UVB. Já os animais que receberam PTIO apresentaram diferentes respostas quando expostos a radiação UVA ou UVB. O PTIO foi capaz de inibir a resposta pigmentar induzida pela radiação UVA, porém isto não foi percebido quando estes animais foram expostos a radiação UVB. Em uma próxima etapa, investigamos se o aumento da concentração de espécies reativas induziria a formação não enzimática de NO. Para isso utilizamos o BSO, um inibidor da -glutamilcisteina, uma enzima chave para a formação de GSH. Os animais expostos a radiação UVA e previamente injetados com BSO não apresentaram diferença na resposta pigmentar quando comparados aos animais controles. Em uma ultima etapa, investigamos a localização da NOS na epiderme do caranguejo Chasmagnthus granulatus. Desta forma, foram feitos cortes histológicos submetidos a duas técnicas que determinam a presença da NOS, a NADPH-diaforase e a imunocitoquímica contra um anticorpo da nNOS. Os cortes histológicos foram positivos para ambas técnicas revelando que a NOS está presente no epitélio do caranguejo Chasmagnathus granulatus. Estes resultados sugerem que o NO é uma importante molécula para induzir dispersão pigmentar nos melanóforos do caranguejo Chasmagnathus granulatus e, além disso, a NOS parece estar envolvida no processo de sinalização da resposta pigmentar induzida pela radiação UV .The participation of nitric oxide (NO) signaling in the pigment migration induced by UV radiation in melanophores of the crab Chasmagnathus granulatus was investigated. The NO donor, SIN-1, was capable to induce a dose dependent pigment dispersion in vitro assays. When male adults were exposed to different doses of UVA and UVB, L-NAME, nitric oxide synthases (NOS) blocker, decreased the pigment dispersion induced by UV radiation. However, the PTIO, NO scavenger, decreased only the pigment dispersion induced by UVA. The BSO did not produce any change in pigment dispersion induced by UVA and SIN-1. The NADPH-diaphorase and immunocytochemistry against nNOS were positive. In conclusion, we suggest that the NO is a very important molecule to induce pigment dispersion in the melanophores of Chasmagnthus granulatus and the NOS activation is a fundamental step to induce this process.Nery, Luiz Eduardo MaiaVargas, Marcelo Alves2020-01-24T18:35:14Z2020-01-24T18:35:14Z2005info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfVARGAS, Marcelo Alves. Sinalização do óxido nítrico na dispersão pigmentar induzida pela radiação ultra-violeta nos melanoforos do caranguejo (chasmagnahtus granulatus). 2005. 75 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Fisiológicas: Fisiologia Animal Comparada) - Curso de Ciências Biológicas, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Rio Grande, 2005.http://repositorio.furg.br/handle/1/8212porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)instacron:FURG2020-01-24T18:35:14Zoai:repositorio.furg.br:1/8212Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.furg.br/oai/request || http://200.19.254.174/oai/requestopendoar:2020-01-24T18:35:14Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)false |
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