Geodiversidade e unidades de paisagem marinha como subsídios à utilização dos espaços e recursos marinhos e costeiros da plataforma continental do Rio Grande do Sul

• Autor(a) principal: Mattos, Paulo Henrique
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
• Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/10280
• topic: Gestão com base ecossistêmica; Planejamento Espacial Marinho; Sistemas de Informação Geográfica; Plataforma Continental; Ecosystem-based management; Marine Spatial Planning; Geographic Information System; Continental Shelf

A compartimentação do leito marinho para fins de classificação pode ser feita de diferentes maneiras e em escalas variadas, dependendo do objetivo, métodos empregados e disponibilidade de dados. O objetivo deste trabalho foi delinear as Unidades de Paisagem Marinha para a Plataforma Continental do Rio Grande do Sul, nas regiões do Albardão e adjacê ncias da Desembocadura da Lagoa dos Patos, a partir do estudo da geodiversidade e da análise integrada dos demais componentes ambientais e socioeconômicos, visando a geração de subsídios à definição de áreas de usos e conservação. Apesar do alto potencial de exploração mineral, a região do A lbardão apresenta certa fragilidade ambiental, devido à presença de fauna bentônica endêmica e ameaçada de extinção, bem como à presença de feições submersas, como parcéis e bancos arenosos lineares, com alto potencial ecossistêmico, os quais fornecem abrigo, alimento e favorecem as agregações reprodutivas para peixes ósseos e elasmobrânquios. Os mapas de conflito prod uzidos no presente trabalho são uma boa referência para dar o apoio in icial necessário aos tomadores de decisão. Já em relação à região da Des embocadura da Lagoa dos Patos, além das características ambientais similares ao Albardão, destacam-se as diferentes atividades econômicas existentes na área, como o alto tráfego de embarcações que chegam ao Porto do Rio Grande, os locais de ancoragem, uma área para descarte de material draga do, além da existência de uma área de proteção para os botos e um refúgio da vida silvestre. Com base nessas análises foi gerada a primeira proposta de planejamento espacial marinho, com a identificação das principais atividades socioeconômicas nessa região bem como as áreas com potencial para conserv ação e mineração marinha. O resultado deste trabalho é um avanço no início de um processo de gestão marinha, que deve ser continuamente atualiza do, revisado e melhorado.