Autoconstrução narrativa em E se eu fosse pura (2018), de Amara Moira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FURG (RI FURG) |
Texto Completo: | http://repositorio.furg.br/handle/1/10375 |
Resumo: | Em E se eu fosse pura (2018), a escritora brasileira contemporânea Amara Moira articula uma série de narrativas autodiegéticas acerca de suas vivências como travesti e como profissional do sexo. Ao mesmo tempo que lança um olhar retrospectivo para si, a autora também denuncia as violências múltiplas e a exclusão social a que muitas sujeitas que exercem a prostituição estão vulneráveis. Ciente da marginalização que atravessa os imaginários sobre as identidades trans e sobre a prostituição, Moira os retoma, subverte e reconstrói, entrelaçando-os com um novo espaço simbólico: o ofício da escrita. Tendo como objetivo caracterizar sua obra como uma possibilidade autoficcional, um espaço potencial de criação de subjetividades e um instrumento de reivindicação política, a presente dissertação parte de discussões sobre identidade e contemporaneidade (HALL, 2011; BAUMAN, 2001; SIBILIA, 2008) e de debates acerca da escrita autoficcional (LEJEUNE, 2014; ARFUCH, 2010; FAEDRICH, 2014, 2015). Finalmente, a análise das narrativas destaca as seguintes particularidades da obra de Moira: o caráter estético híbrido, os processos de adaptação entre as duas edições (2016 e 2018) e os deslocamentos entre a voz individual e as vozes coletivas. |
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Em E se eu fosse pura (2018), a escritora brasileira contemporânea Amara Moira articula uma série de narrativas autodiegéticas acerca de suas vivências como travesti e como profissional do sexo. Ao mesmo tempo que lança um olhar retrospectivo para si, a autora também denuncia as violências múltiplas e a exclusão social a que muitas sujeitas que exercem a prostituição estão vulneráveis. Ciente da marginalização que atravessa os imaginários sobre as identidades trans e sobre a prostituição, Moira os retoma, subverte e reconstrói, entrelaçando-os com um novo espaço simbólico: o ofício da escrita. Tendo como objetivo caracterizar sua obra como uma possibilidade autoficcional, um espaço potencial de criação de subjetividades e um instrumento de reivindicação política, a presente dissertação parte de discussões sobre identidade e contemporaneidade (HALL, 2011; BAUMAN, 2001; SIBILIA, 2008) e de debates acerca da escrita autoficcional (LEJEUNE, 2014; ARFUCH, 2010; FAEDRICH, 2014, 2015). Finalmente, a análise das narrativas destaca as seguintes particularidades da obra de Moira: o caráter estético híbrido, os processos de adaptação entre as duas edições (2016 e 2018) e os deslocamentos entre a voz individual e as vozes coletivas. |
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