As mobilidades socioespaciais das agricultoras familiares do município de São Lourenço do Sul/RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bueno, Caroline Tapia
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/8684
Resumo: O presente estudo é o resultado da constante necessidade de se trabalhar questões de gênero no espaço rural, uma vez que o patriarcado impacta a vida de mulheres e homens neste espaço. Nessa perspectiva a pesquisa situa-se no município de São Lourenço do Sul, Rio Grande do Sul, no qual através dos censos demográficos do IBGE podemos perceber migrações seletivas de mulheres deixando o espaço rural e por consequência a masculinização do campo neste município. Na pesquisa as sujeitas investigadas foram às mulheres agricultoras familiares com faixa etária de 18 a 29 anos de idade que residiam no espaço rural de São Lourenço do Sul, bem como as mulheres migrantes. Para o desenvolvimento da pesquisa utilizamos três principais conceitos: ordem patriarcal de gênero, divisão sexual do trabalho e agricultura familiar, e a partir deles foram realizados desdobramentos necessários à discussão e análise. Assim, o objetivo geral da pesquisa foi o de identificar quais são as causas que desencadeiam o processo de migração feminina, analisando as consequências nas vidas das jovens agricultoras familiares do município de São Lourenço do Sul/RS. Metodologicamente falando, utilizamos uma abordagem qualitativa e feminista. Partimos da revisão bibliográfica como base para nossa fundamentação teórica, seguindo para a coleta de dados, a qual se deu em duas etapas: por questionário aberto e entrevistas em profundidade. A análise foi feita a partir de uma aproximação da análise do discurso desenvolvida principalmente por Foucault. Por conseguinte, percebemos que as agricultoras familiares estão totalmente envoltas por uma ordem patriarcal de gênero, manifestada por as limitações de liberdade, de remuneração, de opinião e de decisão. Assim, o patriarcado conjuntamente com as dificuldades do âmbito educacional impulsionam cada vez mais as mulheres a abandonarem o espaço rural em busca de uma nova vida baseada na igualdade entre homens e mulheres.
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