Representações de gênero na obra quarto de despejo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Giselle Silveira da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/9269
Resumo: Em seu livro Quarto de despejo: diário de uma favelada (1960), Carolina Maria de Jesus, mulher negra, mãe de três filhos, catadora de material reciclável e com pouca escolaridade relata o dia-a-dia na favela do Canindé. Ao longo da obra, Carolina, além de se apresentar como personagem protagonista daquele diário, traça para o público a representação dos demais moradores da favela, a partir das relações de gênero e poder. Sendo assim, essa dissertação tem como objetivo analisar, partindo do viés da ginocrítica e dos Estudos de Gênero, as representações de gênero, femininas e masculinas, construídas através do discurso da autora no seu diário, o Quarto de Despejo, e de como ela, Carolina constrói a sua representação dentro deste espaço, levando em conta todas as particularidades acerca do gênero em questão e das vivências e contexto de produção dessa mulher. Para tanto, partindo do viés da ginocrítica, sob o olhar de Elaine Showalter, que compreende o sujeito feminino dentro de seu contexto de produção específico e de sua cultura particular, serão usados como referenciais teóricos os estudos acerca do diário enquanto gênero literário e escrita de si feminina, a partir de Michelle Perrot, Philippe Lejeune e Mercedez Arriaga Flórez, e das representações de gênero, estudos de gênero e relações de poder, a partir dos trabalhos de Simone de Beauvoir, Michel Foucault, Judith Butler e Marcela Lagarde.
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