Elementos-traço em macroalgas pardas e vermelhas conspícuas da Ilha da Trindade - Brasil e da costa brasileira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FURG (RI FURG) |
Texto Completo: | http://repositorio.furg.br/handle/1/9988 |
Resumo: | Elementos-traço como cobre e zinco são micronutrientes essenciais aos organismos marinhos, enquanto cádmio, arsênio, mercúrio e chumbo não possuem funções metabólicas conhecidas e são tóxicos para macroalgas mesmo em baixas concentrações. Em áreas costeiras antropizadas pode haver maiores concentrações de elementos-traço tóxicos devido a atividades como agricultura ou portuárias, contrastando com ilhas oceânicas onde a influência humana é menor e episódios como acidentes onde há liberação de elementos/compostos tóxicos são raros. Ilhas remotas constituem, portanto, candidatas naturais para o estabelecimento de concentrações de background para contaminantes potenciais na biota marinha. Macroalgas assimilam e acumulam elementos-traço dissolvidos da água podendo ser utilizadas como organismos sentinelas para esses elementos. Neste contexto, este estudo procurou estabelecer as concentrações basais dos elementos-traço zinco, cobre, arsênio, chumbo, cádmio e mercúrio em algas pardas e vermelhas da Ilha da Trindade, uma ilha oceânica de origem vulcânica, e comparar com níveis encontrados em macroalgas de ambientes costeiros na região sul e sudeste brasileira. Para tal, quatro espécies de dois grupos algais (Phaeophyceae e Rhodophyta) foram coletados na Ilha da Trindade; e 5 espécies na costa. Não foram observadas diferenças espaciais na ilha para arsênio, mercúrio e cadmio e os níveis foram mais baixos quando comparados aos pontos coletados no continente. Diferenças foram encontradas entre as faces da ilha (Norte e sul) para chumbo, cobre e zinco, sugerindo que existem fatores fisiológicos ou hidrodinâmicos que influenciam o acúmulo desses elementos. A detecção de mercúrio e as altas concentrações de zinco, chumbo e cádmio sugerem impacto humano incipiente, embora que localizado e ou indireto, na ilha. As maiores concentrações de mercúrio, arsênio e cadmio em algas pardas (Phaeophyceae) corroboram o conhecimento amplamente difundido, de que este grupo apresenta alta capacidade de acúmulo de elementos tóxicos. Em geral, as concentrações de elementos-traço foram menores na ilha quando comparadas aos níveis encontrados em algas da costa, exceto para zinco e cobre que apresentaram maiores concentrações médias na ilha que no continente. As concentrações basais, no entanto, foram mais baixas na ilha do que aquelas reportadas para outras regiões e aquelas calculadas para o continente, sugerindo que estes níveis podem ser utilizados como referência para áreas contaminadas. |
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