O anti-herói no romance distópico produzido na pós-modernidade ou O Prometeu pós-moderno

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Espinelly, Luiz Felipe Voss
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/9325
Resumo: Esta tese apresenta um estudo sobre o anti-herói romanesco no gênero que a crítica literária classifica como distopia, realizado através da análise de seis romances produzidos no período da pós-modernidade: O concorrente (The running man, Stephen King escrevendo como Richard Bachman, 1982), O conto da aia (The handmaid's tale, Margaret Atwood, 1985), Androides sonham com ovelhas elétricas? (Do androids dream of eletric sheep?, Philip K. Dick, 1966), Neuromancer (Neuromancer, William Gibson, 1984), Oryx e Crake (Oryx and Crake, Margaret Atwood, 2003) e A estrada (The road, Cormac McCarthy, 2006). A análise das narrativas examina os elementos que caracterizam as obras como distopias e o papel desempenhado pelos anti-heróis, revelando o modo como se relacionam com a permanência do mito de Prometeu e a condição pós-moderna da sociedade contemporânea. O trabalho apoia-se em teorias marxistas e sociológicas e sua relação com a teoria literária, realizando dois percursos teóricos, um sobre herói e anti-herói, baseado sobretudo nos estudos de Flávio Kothe, Georg Lukács, Joseph Campbell e Martin Cezar Feijó, e outro sobre utopia e distopia, com o auxílio de estudos de Alexandra Aldridge, Chad Walsh, Fredric Jameson, Keith Booker e Russel Jacoby, e sua relação com ficção científica, pós-humano e ficção especulativa. Os dois percursos levam a uma reflexão sobre o gênero romanesco e o período da pós-modernidade, considerada a partir dos conceitos de esmaecimento dos afetos, de Fredric Jameson, e simulacros, de Jean Baudrillard.
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