A pesca dirigida ao cherne-poveiro Polyprion americanus (Polyprionidae, Teleostei) no sul do Brasil

• Autor(a) principal: Peres, Mônica Brick
• Data de Publicação: 1998
• Outros Autores: Haimovici, Manuel
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
• Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/2958
• topic: Desenvolvimento da pesca; Região sul; Brasil; Cherne-poveiro; Captura; Esforço; Fisheries development; Southern Brazil; Wreck grouper; Catch; Effort

A pesca de cherne-poveiro com linha de mão desde pequenos botes sobre fundos irregulares da plataforma externa e talude superior no sul do Brasil começou em 1973. Barcos linheiros da região sudeste costumavam explorar a área entre 33º40'S e 34º40'S enquanto as capturas eram rentáveis e retornavam alguns anos depois. Em 1987, alguns linheiros começaram a utilizar o espinhel de fundo de corda. Em 1993, passaram para espinhéis verticais suspensos por bóias e em 1995, espinhéis de fundo de aço. O número de barcos passou de em torno de 10, nos anos 70, para mais de 35 em 1997. Com a evolução das artes, o poder de pesca aumentou e a área explorada expandiu-se até 28ºS abrangendo todo o habitat da espécie na região. Os desembarques anuais de P.americanus foram estimados em 2.772t (1989), 2.150t (1990), 1.674t (1991), 2.291t (1994) e 1.080t (1995), valores muito superiores aos desembarques registrados. As oscilações de rendimentos, observadas no início da pescaria, devem ter sido resultantes da depleção dos habitats preferenciais, seguidas por recolonizações a partir de áreas marginais. Por apresentar crescimento lento, a intensa exploração atual de P.americanus em todo o habitat, deve levar a quedas das capturas sem possibilidade de rápida recuperação.