Análise das atividades práticas em cursos de formação de professores para o Ensino de Ciências Naturais.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fersula, Michele Gonçalves
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Silva, João Alberto da
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/1392
Resumo: Este projeto de pesquisa busca identificar qual (ou quais) modelo pedagógico se faz presente nas atividades práticas dos cursos de licenciatura em Ciências Naturais. A forma com que estas práticas são planejadas e desenvolvidas é fundamentada, mesmo que inconsciente, por um suporte epistemológico. Entende-se que através da análise destas aulas tais concepções tornam-se visíveis. De acordo com Fernando Becker (2001), os estudos epistemológicos abrangem três concepções de como se concebe o conhecimento, são elas: o empirismo, apriorismo e construtivismo. O empirismo é uma teoria que parte do princípio de que o objeto é o elemento detentor do conhecimento e o sujeito é desprovido do saber. A teoria apriorista parte da hipótese de que o sujeito é o detentor do conhecimento e o objeto auxilia no despertar desse saber. O construtivismo é a teoria epistemológica que defende a ideia de que tanto o sujeito quanto o objeto são elementos conhecedores. Estas concepções epistemológicas se desdobram em três modelos pedagógicos. Estes apresentam uma relação ensino/aprendizagem. O modelo diretivo baseia-se em uma epistemologia empirista. O aluno só aprende por meio da transmissão do conhecimento. O professor fica imbuído da tarefa de difundir o conhecimento acumulado entre os alunos. O segundo modelo pedagógico, o não-diretivo é fundamentado em uma concepção epistemológica apriorista. Neste caso o educando já trás consigo um conhecimento e cabe ao professor despertá-lo. O terceiro modelo pedagógico, relacional, segue a epistemologia construtivista. Nesta concepção é estabelecida uma relação entre professor e aluno. Neste contexto, tanto o educador quanto educando têm certo conhecimento que é indispensável para a construção de novos conceitos. A hipótese formulada é de que o uso da pedagogia diretiva, mesmo que ultrapassada persista na ação docente, porém, o modelo pedagógico não-diretivo, por ser mais difícil de ser posto em prática é pouco utilizado. E a pedagogia relacional assim como a diretiva está presente na atividade docente, porém menos frequente do que aquela. Partindo desta hipótese tem-se o seguinte problema de pesquisa a investigar: Quais os modelos pedagógicos e epistemológicos existem nas atividades práticas dos cursos de licenciatura em Ciências Naturais? Para esclarecer este problema, será feito uma pesquisa qualitativa que consiste no desenvolvimento de duas etapas. A primeira, de caráter descritivo, busca coletar o maior número de informações que subsidiem a interpretação das atividades práticas. Desta forma, o pesquisador observará o ambiente da pesquisa para recolher informações descritivas, de pessoas, do ambiente, de acontecimentos, e de imagens que possam vir a contribuir para a averiguação do problema em questão. Será feito também entrevistas com professores e aluno como forma de identificar as percepções dos sujeitos envolvidos na pesquisa, além da interpretação de como ocorre o desenvolvimento dos conteúdos. De acordo com Cesar Coll (1986) os conteúdos são divididos em conceituais (o que devemos saber) atitudinais (como devemos agir) e procedimentais (como devemos fazer). A outra etapa da pesquisa tem um caráter reflexivo, no qual todas as informações reunidas ao longo das observações serão interpretadas e posteriormente confrontadas com aquilo que está presente em bibliografias que tratam do assunto.
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