Composição do banco de propágulos do sedimento de um lago raso e seu papel na restauração do ecossistema
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FURG (RI FURG) |
Texto Completo: | http://repositorio.furg.br/handle/1/8714 |
Resumo: | Macrófitas aquáticas são componentes importantes para a conservação dos ecossistemas aquáticos continentais rasos, pois apresentam alta produtividade, fornecem refúgio para outros organismos, e auxiliam na manutenção da qualidade de água, retirando nutrientes e incorporando em sua biomassa. Esses ambientes aquáticos rasos apresentam em seu sedimento um rico banco de propágulos que possibilitam a substituição e recolonização de macrófitas aquáticas eliminadas tanto por causas naturais ou quanto por distúrbios ocorridos no ecossistema, como o processo de eutrofização. O presente estudo teve como objetivo geral determinar a composição do banco de propágulos de um lago raso sujeito a alterações de estado trófico, após um processo de manejo de retirada do excesso de macrófitas flutuantes para recuperação ambiental. O lago estudado é eutrofizado, e apresentou, durante o ano de 2015, um massivo crescimento de macrófitas flutuantes (Salvinia herzogii), e passou por um período de manejo para recuperação ambiental, com retirada das plantas. Em março de 2016, em campo, foram estabelecidos três transectos, para coleta do sedimento e quantificação do banco de propágulos em laboratório e acompanhar o estabelecimento e desenvolvimento das macrófitas em campo. Para verificar a composição do banco de propágulos foram inicialmente testadas em laboratório, as metodologias de peneiração, flutuação em água e emergência de plântulas. A metodologia que apresentou melhor eficiência foi a de emergência de plântulas, assim, foram incubados em laboratório amostras referentes a 15 pontos amostrais e acompanhada a emergência de plântulas durante sete meses. Durante o mesmo período, em campo, em intervalos de 15 a 30 dias, foi monitorada a riqueza das plantas que emergiram nos mesmos pontos de coleta e acompanhadas as variáveis abióticas da coluna de água. A composição entre o banco de propágulos e a vegetação estabelecida foi comparada com o coeficiente de similaridade de Sørensen, com dados de presença/ausência. Foram calculadas a riqueza, abundância e densidade do banco de propágulos emergidos em cada ponto. Foram feitas comparações das densidades entre os propágulos emergidos em laboratório nos pontos centrais e de margem do lago (teste t) e entre os transectos (ANOVA). Durante o período de amostragem o lago se mostrou eutrofizado, com grande crescimento das macrófitas submersas Potamogeton pectinatus e Chara zeylanica. Em laboratório, um total de 1382 mudas emergiram, e o número de propágulos germinados por amostra variou de 3 a 249, com uma riqueza total de 8 espécies de macrófitas aquáticas. P. pectinatus e C. zeylanica dominaram o banco de propágulos. Não houve diferença significativa (p>0,05) das densidades de emergências tanto entre as regiões de centro e margem quanto entre os transectos do lago. O coeficiente de similaridade de Sørensen foi de 87%, indicando alta semelhança entre as espécies presentes em campo e aquelas que emergiram durante o experimento em laboratório. No monitoramento da vegetação em campo foram identificadas as espécies, P. pectinatus., C. zeylanica e Ludwigia peploides. Pode-se corroborar a importância do banco de propágulos de lagos rasos que foi imprescindível para o reestabelecimento de macrófitas aquáticas submersas em campo o que contribui para a conservação e manutenção destes ambientes. |
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Composição do banco de propágulos do sedimento de um lago raso e seu papel na restauração do ecossistemamacrófitas aquáticasbanco de propágulosemergência de plântulaslago rasoaquatic macrophytesseed bankemergence of seedlingsshallow lakeMacrófitas aquáticas são componentes importantes para a conservação dos ecossistemas aquáticos continentais rasos, pois apresentam alta produtividade, fornecem refúgio para outros organismos, e auxiliam na manutenção da qualidade de água, retirando nutrientes e incorporando em sua biomassa. Esses ambientes aquáticos rasos apresentam em seu sedimento um rico banco de propágulos que possibilitam a substituição e recolonização de macrófitas aquáticas eliminadas tanto por causas naturais ou quanto por distúrbios ocorridos no ecossistema, como o processo de eutrofização. O presente estudo teve como objetivo geral determinar a composição do banco de propágulos de um lago raso sujeito a alterações de estado trófico, após um processo de manejo de retirada do excesso de macrófitas flutuantes para recuperação ambiental. O lago estudado é eutrofizado, e apresentou, durante o ano de 2015, um massivo crescimento de macrófitas flutuantes (Salvinia herzogii), e passou por um período de manejo para recuperação ambiental, com retirada das plantas. Em março de 2016, em campo, foram estabelecidos três transectos, para coleta do sedimento e quantificação do banco de propágulos em laboratório e acompanhar o estabelecimento e desenvolvimento das macrófitas em campo. Para verificar a composição do banco de propágulos foram inicialmente testadas em laboratório, as metodologias de peneiração, flutuação em água e emergência de plântulas. A metodologia que apresentou melhor eficiência foi a de emergência de plântulas, assim, foram incubados em laboratório amostras referentes a 15 pontos amostrais e acompanhada a emergência de plântulas durante sete meses. Durante o mesmo período, em campo, em intervalos de 15 a 30 dias, foi monitorada a riqueza das plantas que emergiram nos mesmos pontos de coleta e acompanhadas as variáveis abióticas da coluna de água. A composição entre o banco de propágulos e a vegetação estabelecida foi comparada com o coeficiente de similaridade de Sørensen, com dados de presença/ausência. Foram calculadas a riqueza, abundância e densidade do banco de propágulos emergidos em cada ponto. Foram feitas comparações das densidades entre os propágulos emergidos em laboratório nos pontos centrais e de margem do lago (teste t) e entre os transectos (ANOVA). Durante o período de amostragem o lago se mostrou eutrofizado, com grande crescimento das macrófitas submersas Potamogeton pectinatus e Chara zeylanica. Em laboratório, um total de 1382 mudas emergiram, e o número de propágulos germinados por amostra variou de 3 a 249, com uma riqueza total de 8 espécies de macrófitas aquáticas. P. pectinatus e C. zeylanica dominaram o banco de propágulos. Não houve diferença significativa (p>0,05) das densidades de emergências tanto entre as regiões de centro e margem quanto entre os transectos do lago. O coeficiente de similaridade de Sørensen foi de 87%, indicando alta semelhança entre as espécies presentes em campo e aquelas que emergiram durante o experimento em laboratório. No monitoramento da vegetação em campo foram identificadas as espécies, P. pectinatus., C. zeylanica e Ludwigia peploides. Pode-se corroborar a importância do banco de propágulos de lagos rasos que foi imprescindível para o reestabelecimento de macrófitas aquáticas submersas em campo o que contribui para a conservação e manutenção destes ambientes.Aquatic macrophytes are important components for the conservation of shallow continental aquatic ecosystems, since they present high productivity, provide refuge for other organisms, and help in maintaining water quality, withdrawing nutrients and incorporating into their biomass. These shallow aquatic environments present in their sediment a rich bank of propagules that allow the substitution and recolonization of aquatic macrophytes eliminated either by natural causes or by disturbances occurring in the ecosystem, such as the eutrophication process. The present study had as general objective to determine the composition of the propagule bank of a shallow lake subject to changes in the trophic state, after a process of management of removal of the excess of floating macrophytes for environmental recovery. The studied lake is eutrophicated, and during the year 2015 presented a massive growth of floating macrophytes (Salvinia herzogii), and underwent a period of management for environmental recovery, with withdrawal of the plants. In March 2016, three transects were established in the field to collect sediment and quantify the seed bank in the laboratory and monitor the establishment and development of macrophytes in the field. To verify the composition of the seed bank were initially tested in the laboratory, the methodologies of sieving, water flotation and emergence of seedlings. The methodology that presented the best efficiency was the emergence of seedlings, thus, samples were incubated in the laboratory referring to 15 sample points and followed the emergence of seedlings during seven months. During the same period, in the field, at intervals of 15 to 30 days, the richness of the plants that emerged at the same collection points were monitored and the abiotic and nutrient variables of the water column were monitored. The composition between the propagule bank and the established vegetation was compared with the Sørensen coefficient of similarity, with presence / absence data. We calculated the richness, abundance and density of the seed bank emerged at each point. Comparisons of the densities between the propagules emerged at the central and margin points of the lake (t-test) and between the transects (ANOVA) were performed. During the sampling period the lake showed to be eutrophic, with great growth of the submerged macrophytes Potamogeton pectinatus and Chara zeylanica. In the laboratory, a total of 1382 seedlings emerged, and the number of seedlings germinated per sample ranged from 3 to 249, with a total richness of 8 species of aquatic macrophytes. P. pectinatus and C. zeylanica dominated the propagule bank. There was no significant difference (p> 0.05) in the emergence densities between the center and margin regions and between the lake transects. The Sørensen coefficient of similarity was 87%, indicating high similarity between the species present in the field and those that emerged during the experiment in the laboratory. In the monitoring of the vegetation in the field were identified the species, P. pectinatus, C. zeylanica and Ludwigia peploides. It is possible to corroborate the importance of the bank of propagules of shallow lakes that was essential for the reestablishment of submerged aquatic macrophytes in the field, which contributes to the conservation and maintenance of these environments.Silva, Cleber PalmaDuarte, Taiane Hebling Guimarães2020-05-07T22:07:54Z2020-05-07T22:07:54Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfDUARTE, Taiane Hebling Guimarães. Composição do banco de propágulos do sedimento de um lago raso e seu papel na restauração do ecossistema. 2017. Dissertação (Mestrado em biologia de ambientes aquáticos continentais.) - Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2017.http://repositorio.furg.br/handle/1/8714porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)instacron:FURG2020-05-07T22:07:54Zoai:repositorio.furg.br:1/8714Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.furg.br/oai/request || http://200.19.254.174/oai/requestopendoar:2020-05-07T22:07:54Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)false |
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Macrófitas aquáticas são componentes importantes para a conservação dos ecossistemas aquáticos continentais rasos, pois apresentam alta produtividade, fornecem refúgio para outros organismos, e auxiliam na manutenção da qualidade de água, retirando nutrientes e incorporando em sua biomassa. Esses ambientes aquáticos rasos apresentam em seu sedimento um rico banco de propágulos que possibilitam a substituição e recolonização de macrófitas aquáticas eliminadas tanto por causas naturais ou quanto por distúrbios ocorridos no ecossistema, como o processo de eutrofização. O presente estudo teve como objetivo geral determinar a composição do banco de propágulos de um lago raso sujeito a alterações de estado trófico, após um processo de manejo de retirada do excesso de macrófitas flutuantes para recuperação ambiental. O lago estudado é eutrofizado, e apresentou, durante o ano de 2015, um massivo crescimento de macrófitas flutuantes (Salvinia herzogii), e passou por um período de manejo para recuperação ambiental, com retirada das plantas. Em março de 2016, em campo, foram estabelecidos três transectos, para coleta do sedimento e quantificação do banco de propágulos em laboratório e acompanhar o estabelecimento e desenvolvimento das macrófitas em campo. Para verificar a composição do banco de propágulos foram inicialmente testadas em laboratório, as metodologias de peneiração, flutuação em água e emergência de plântulas. A metodologia que apresentou melhor eficiência foi a de emergência de plântulas, assim, foram incubados em laboratório amostras referentes a 15 pontos amostrais e acompanhada a emergência de plântulas durante sete meses. Durante o mesmo período, em campo, em intervalos de 15 a 30 dias, foi monitorada a riqueza das plantas que emergiram nos mesmos pontos de coleta e acompanhadas as variáveis abióticas da coluna de água. A composição entre o banco de propágulos e a vegetação estabelecida foi comparada com o coeficiente de similaridade de Sørensen, com dados de presença/ausência. Foram calculadas a riqueza, abundância e densidade do banco de propágulos emergidos em cada ponto. Foram feitas comparações das densidades entre os propágulos emergidos em laboratório nos pontos centrais e de margem do lago (teste t) e entre os transectos (ANOVA). Durante o período de amostragem o lago se mostrou eutrofizado, com grande crescimento das macrófitas submersas Potamogeton pectinatus e Chara zeylanica. Em laboratório, um total de 1382 mudas emergiram, e o número de propágulos germinados por amostra variou de 3 a 249, com uma riqueza total de 8 espécies de macrófitas aquáticas. P. pectinatus e C. zeylanica dominaram o banco de propágulos. Não houve diferença significativa (p>0,05) das densidades de emergências tanto entre as regiões de centro e margem quanto entre os transectos do lago. O coeficiente de similaridade de Sørensen foi de 87%, indicando alta semelhança entre as espécies presentes em campo e aquelas que emergiram durante o experimento em laboratório. No monitoramento da vegetação em campo foram identificadas as espécies, P. pectinatus., C. zeylanica e Ludwigia peploides. Pode-se corroborar a importância do banco de propágulos de lagos rasos que foi imprescindível para o reestabelecimento de macrófitas aquáticas submersas em campo o que contribui para a conservação e manutenção destes ambientes. |
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