Ocorrência de cistos de dinoflagelados, com ênfase em espécies potencialmente nocivas, no sedimento próximo à desembocadura da Laguna dos Patos (RS)

• Autor(a) principal: Persich, Graziela da Rosa
• Data de Publicação: 2003
• Outros Autores: Garcia, Virginia Maria Tavano
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
• Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/3431
• topic: Dinoflagelados; Cistos de resistência; Alexandrium tamarense; Costa sul do Brasil; Dinoflagellates; Resting cysts; Suthern Brazilian coast

A formação de cistos de resistência em microalgas ocorre através da reprodução sexuada quando as condições ambientais encontram-se desfavoráveis para as células vegetativas. As principais funções dos cistos de resistência são permitir a sobrevivência, a dispersão e a recombinação genética dos organismos. Muitas espécies potencialmente nocivas de dinoflagelados produzem cistos durante o seu ciclo de vida, os quais podem afundar durante o t rmino de uma floração e ser acumulados no sedimento. Este trabalho teve por objetivo investigar a ocorrência de cistos de dinoflagelados em sedimento lamoso superficial, na área próxima à desembocadura da Laguna dos Patos, entre as latitudes 32°04' e 32°30' S e longitudes 52o10' e 51°49' W, no sul do Brasil (RS). Foram registrados cistos das espécies nocivas Alexandrium tamarense (até 180 cistos.cm-3), Scripsiella trochoidea (até 117 cistos.cm-3) e Gymnodinium cf. catenatum (máximo de 25 cistos.cm-3). Outros cistos de dinoflagelados freqüentemente observados em baixas concentrações foram Protoperidinium cf. compressum, Protoperidinium cf. oblongum, Protoperidinium cf. claudicans, Protoperidinium cf. pentagonum, Protoperidinium cf. minutum, Polykrikos cf. schwartzii e Gonyaulax verior. Apesar das concentrações relativamente baixas encontradas, sob condições ótimas para a germinação, crescimento e acúmulo de células, poderia ocorrer o início de florações a partir da germinação local dos cistos mais abundantes. Áreas profundas e lamosas, mais favoráveis ao acúmulo de cistos não foram amostradas neste estudo e deveriam ser incluídas em pesquisas futuras sobre cistos no sul do Brasil.