O mito justificador da injustiça ambiental no extremo sul do Brasil: introdução ao estudo dos primeiros 100 anos da cidade do Rio Grande

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Eron da Silva
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/8644
Resumo: Este trabalho apresenta como se dá o mito da cidade do Rio Grande como sendo fundada e povoada unicamente por europeus açorianos. Nesta pesquisa, apresentamos os conflitos socioambientais presentes na região, conflitos estes que entendemos como consequência da construção de um discurso hegemônico que nega e marginaliza outros grupos como: os pobres, os negros e os indígenas. Para embasar os levantamentos feitos neste trabalho, apoiamo-nos no método regressivo-progressivo de Henri Lefebvre, realizamos uma análise histórica em documentos da prefeitura de Rio Grande, jornal local, livros didáticos, dados e apontamentos levantados por pesquisadores do observatório dos Conflitos, sendo através deste método e de seu pesquisador, que apontamos que os que possuem lugar cativo nos espaços formadores de opinião da cidade, são os "heróis, os desbravadores, os conquistadores" em detrimento daqueles que são colocados às margens dos livros, das escolas, dos discursos da mídia. Entendemos que isso se dá devido a uma ideia de pensamento colonial que continua arraigado nos discursos de gestores municipais, de pesquisadores, de parte dos professores e dos jornalistas rio-grandinos. Sendo assim, entendemos que tal realidade tem corroborado por mais de dois séculos para a desigualdade socioambiental, que tem sido marca histórica da região desde sua povoação organizada e arquitetada pelos colonizadores portugueses.
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Para embasar os levantamentos feitos neste trabalho, apoiamo-nos no método regressivo-progressivo de Henri Lefebvre, realizamos uma análise histórica em documentos da prefeitura de Rio Grande, jornal local, livros didáticos, dados e apontamentos levantados por pesquisadores do observatório dos Conflitos, sendo através deste método e de seu pesquisador, que apontamos que os que possuem lugar cativo nos espaços formadores de opinião da cidade, são os "heróis, os desbravadores, os conquistadores" em detrimento daqueles que são colocados às margens dos livros, das escolas, dos discursos da mídia. Entendemos que isso se dá devido a uma ideia de pensamento colonial que continua arraigado nos discursos de gestores municipais, de pesquisadores, de parte dos professores e dos jornalistas rio-grandinos. Sendo assim, entendemos que tal realidade tem corroborado por mais de dois séculos para a desigualdade socioambiental, que tem sido marca histórica da região desde sua povoação organizada e arquitetada pelos colonizadores portugueses.Este trabajo presenta cómo se da el mito de la ciudad de Rio Grande, como si esta fuera fundada y poblada únicamente por europeos azorianos. En esta investigación, presentamos los conflictos socioambientales en la región, conflictos que entendemos como consecuencia de la construcción de un discurso hegemónico que niega y marginaliza otros grupos como: los pobres, los negros y los indígenas. Con base a los levantamientos hechos en este trabajo, nos apoyamos en el método regresivo-progresivo de Henri Lefebvre, realizamos un análisis histórico en documentos de la alcaldía de Rio Grande, periódico local, libros didácticos, datos y apuntes levantados por investigadores del observatorio de los Conflictos, siendo a través de este método y de su investigador que señalamos que aquellos que poseen un lugar privilegiado en los espacios formadores de opinión de la ciudad, son los "héroes, los exploradores, los conquistadores" en detrimento de aquellos que son puestos al márgen de los libros, de las escuelas y de los discursos en los medios de comunicación. Entendemos que esto se debe al pensamiento colonial que continúa arraigado en los discursos de gestores municipales, de investigadores, así como por parte de los profesores y de los periodistas riograndinos. De esta manera,entendemos que tal realidad ha corroborado por más de dos siglos la desigualdad socioambiental, que ha sido la marca histórica de la región desde su población organizada y concebida por colonizadores portugueses.porRio GrandeInjustiça ambientalConflitosDesigualdadeEducação ambientalInjusticia ambientalConflictosDesigualdadEducación ambientalO mito justificador da injustiça ambiental no extremo sul do Brasil: introdução ao estudo dos primeiros 100 anos da cidade do Rio Grandeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)instacron:FURGORIGINALRODRIGUES, Eron da Silva.pdfRODRIGUES, Eron da Silva.pdfapplication/pdf2875154https://repositorio.furg.br/bitstream/1/8644/1/RODRIGUES%2c%20Eron%20da%20Silva.pdf056f239665e1fa18e77eaac2b689e964MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.furg.br/bitstream/1/8644/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52open access1/86442020-04-20 15:00:34.875open accessoai:repositorio.furg.br:1/8644Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.furg.br/oai/request || http://200.19.254.174/oai/requestopendoar:2020-04-20T18:00:34Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)false
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