Percepção e ambiente: aportes para uma epistemologia ecológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Isabel Cristina de Moura
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Steil, Carlos Alberto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/3959
Resumo: Neste artigo partimos de uma breve revisão sobre o conceito de percepção na psicologia para chegar às contribuições de Tim Ingold, antropólogo em diálogo com a tradição fenomenológica que têm a psicologia no seu horizonte de interlocução. O conceito de percepção em Ingold ganha os sentidos do habitar e do engajamento do sujeito no mundo.A percepção está relacionada ao mundo vivido e a experiência no seu sentido forte assim como o ambiente será entendido como ambiente-mundo. Nossa escolha por este interlocutor está relacionada a busca, no pensamento contemporâneo, de autores que tem contribuído para delinear o que temos nomeado como epistemologias ecológicas(Carvalho, 2007). Elegemos a expressão epistemologias ecológicas para delimitar uma região do debate teórico-filosófico contemporâneo que compreende autores de diversas origens disciplinares e opções teóricas diferentes, cujo ponto em comum tem sido oferecer conceitos e pistas consistentes para romper com algumas das dualidades modernas — tais como natureza e cultura, indivíduo e sociedade, corpo e mente, artifício e natureza, sujeito e objeto — oferecendo bases conceituais eficazes para uma compreensão das relações com o ambiente desde outro ponto de partida. Desta forma, o que recortamos como epistemologias ecológicas é uma categoria necessariamente plural e remete a um espaço epistêmico cuja potência é abrir horizontes de compreensão diferentes daqueles ordenados pelas dualidades mencionadas e pela externalidade de um sujeito cognoscente humano fora do mundo, da natureza e independente de seus objetos de conhecimento2.
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