Abundância, uso de microhabitat e ecologia trófica de Podonectes minutus (Günther, 1858) (Anura: Hylidae) no Parque Nacional da Lagoa do Peixe (RS)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Huckembeck, Sônia
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/8502
Resumo: A ecologia trófica de Podonectes minutus foi estudada em dois ambientes (banhado e dunas) no Parque Nacional da Lagoa do Peixe (RS), entre abril de 2008 e maio de 2009, por meio da análise de conteúdo estomacal (ACE) e de isótopos estáveis (AIE). Também foram determinadas sua abundância e utilização de microhabitas nos locais de banhado e dunas. A partir da análise da variação temporal da abundância e uso de microhabitats nas dunas e banhado, foi observado que Podonectes minutus é uma espécie associada aos ambientes aquáticos com presença de vegetação, apresentando uma tendência a ser mais abundante em meses com temperaturas mais elevadas. Com base na análise estomacal de 112 exemplares pósmetamórficos, foram encontrados 58 itens alimentares na dieta de P. minutus, sendo os principais: Coleoptera (33,3%), Odonata (20,9%), resto de inseto (26,6%), Hymenoptera (20,9%), resto animal (19%), Araneae (15,2%), Diptera (13,3%), Hemiptera (12,3%), resto vegetal (11,4%) e Orthoptera (7,6%). Baseado no método de Amundsen, a espécie apresentou uma estratégia alimentar generalista-oportunista, não ocorrendo variações de estratégia entre os ambientes estudados. Com relação às variações temporais e espaciais, P. minutus apresentou uma tendência a ter uma dieta mais rica durante o período de primavera-verão. Embora tenham sido encontradas diferenças na importância relativa de alguns itens entre as áreas estudadas, não apresentou diferenças significativas na composição da dieta entre as áreas de banhado e dunas. A análise da razão isotópica do carbono (δ13C) sugere que as principais fontes de carbono orgânico para a espécie no banhado sejam provenientes do seston e de plantas terrestres, especialmente gramíneas do gênero Poacea. A estimativa da posição trófica com base na razão isotópica do nitrogênio (δ15N) mostrou que os girinos se posicionam próximos da base da cadeia trófica (consumidor 1º), enquanto os indivíduos pós-metamórficos ocupam posições tróficas mais elevadas (consumidor 3º). Entre os indivíduos pós-metamórficos também foi possível observar um tendência de aumento da posição trófica na medida em que a espécie aumentou em tamanho. A análise da razão isotópica também corroborou a hipótese de que os fragmentos vegetais encontrados no conteúdo estomacal dos indivíduos, especialmente os de maior porte, tenham sido ingeridos acidentalmente no momento da captura das presas, não possuindo, portanto, valor nutricional para a espécie.
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A partir da análise da variação temporal da abundância e uso de microhabitats nas dunas e banhado, foi observado que Podonectes minutus é uma espécie associada aos ambientes aquáticos com presença de vegetação, apresentando uma tendência a ser mais abundante em meses com temperaturas mais elevadas. Com base na análise estomacal de 112 exemplares pósmetamórficos, foram encontrados 58 itens alimentares na dieta de P. minutus, sendo os principais: Coleoptera (33,3%), Odonata (20,9%), resto de inseto (26,6%), Hymenoptera (20,9%), resto animal (19%), Araneae (15,2%), Diptera (13,3%), Hemiptera (12,3%), resto vegetal (11,4%) e Orthoptera (7,6%). Baseado no método de Amundsen, a espécie apresentou uma estratégia alimentar generalista-oportunista, não ocorrendo variações de estratégia entre os ambientes estudados. Com relação às variações temporais e espaciais, P. minutus apresentou uma tendência a ter uma dieta mais rica durante o período de primavera-verão. Embora tenham sido encontradas diferenças na importância relativa de alguns itens entre as áreas estudadas, não apresentou diferenças significativas na composição da dieta entre as áreas de banhado e dunas. A análise da razão isotópica do carbono (δ13C) sugere que as principais fontes de carbono orgânico para a espécie no banhado sejam provenientes do seston e de plantas terrestres, especialmente gramíneas do gênero Poacea. A estimativa da posição trófica com base na razão isotópica do nitrogênio (δ15N) mostrou que os girinos se posicionam próximos da base da cadeia trófica (consumidor 1º), enquanto os indivíduos pós-metamórficos ocupam posições tróficas mais elevadas (consumidor 3º). Entre os indivíduos pós-metamórficos também foi possível observar um tendência de aumento da posição trófica na medida em que a espécie aumentou em tamanho. A análise da razão isotópica também corroborou a hipótese de que os fragmentos vegetais encontrados no conteúdo estomacal dos indivíduos, especialmente os de maior porte, tenham sido ingeridos acidentalmente no momento da captura das presas, não possuindo, portanto, valor nutricional para a espécie.The trophic ecology of Podonectes minutus was studied in two habitats (wetland and dunes) of the Lagoa do Peixe National Park in southern Brazil between April 2008 and May 2009 based on the analysis of stomach content (SC) and stable isotopes (SI). We also investigated its abundance and use of microhabitats in each of these areas. The abundance and microhabitat analysis revealed that P. minutus is a species strongly associated with vegetated aquatic habitats and has a tendency to be more abundant in warmer months. Based on the SC analysis of 112 post-metamorphic specimens, we found 58 food items in the diet of P. minutus, being the most important: Coleoptera (33.3%), Odonata (20.9%), insects remains (26.6%), Hymenoptera (20.9%), animal organic matter (19%), Araneae (15.2%), Diptera (13.3%), Hemiptera (12.3%), fragments of vegetation (11.4%) and Orthoptera (7.6%). According to the Amundsen et al’s diagram, the species showed a generalist-opportunistic feeding strategy in both study areas. Regarding spatiotemporal variations in the diet, P. minutus showed a tendency to have a richer diet during austral spring and summer months. Although we observed some differences in the relative importance of a few items, there were not significant differences in the diet composition between wetland and dune habitats. The analysis of the δ13C values suggested that the main organic carbon sources to P. minutus in the wetland were derived from POM and terrestrial plants, especially grasses of the genus Poaceae. The estimation of the trophic position based on the δ15N values showed that tadpoles were positioned in the base of the foodweb (1st consumers), whereas postmetamorphic adults were positioned higher in the food chain (3rd consumers). Among the adult individuals it was also observed a trend to increase its trophic position as the individual increased in body size. The SI analysis also corroborated the hypothesis that fragments of vegetation found in the stomach content, especially in the larger individuals, were accidentally consumed during the predation of the prey. Therefore, such material probably did not have a nutritional value for the species.porAnfíbiosCadeia alimentarVariações sazonais e espaciaisAmphibiansFood chainSeasonal and spatial variationsAbundância, uso de microhabitat e ecologia trófica de Podonectes minutus (Günther, 1858) (Anura: Hylidae) no Parque Nacional da Lagoa do Peixe (RS)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)instacron:FURGLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.furg.br/bitstream/1/8502/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52open accessORIGINALAbundância, uso de microhabitat e ecologia trófica de Podonectes minutus (Günther, 1858) (Anura, Hylidae) no Parque Nacional da Lagoa do Peixe (RS).pdfAbundância, uso de microhabitat e ecologia trófica de Podonectes minutus (Günther, 1858) (Anura, Hylidae) no Parque Nacional da Lagoa do Peixe (RS).pdfapplication/pdf1692382https://repositorio.furg.br/bitstream/1/8502/1/Abund%c3%a2ncia%2c%20uso%20de%20microhabitat%20e%20ecologia%20tr%c3%b3fica%20de%20Podonectes%20minutus%20%28G%c3%bcnther%2c%201858%29%20%28Anura%2c%20Hylidae%29%20no%20Parque%20Nacional%20da%20Lagoa%20do%20Peixe%20%28RS%29.pdfa273e8f754162151d8e4b5e23ff9a01aMD51open access1/85022020-04-01 11:29:45.125open accessoai:repositorio.furg.br:1/8502Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.furg.br/oai/request || http://200.19.254.174/oai/requestopendoar:2020-04-01T14:29:45Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)false
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