Auto-ecologia de Hypsiboas albopunctatus (Anura, Hylidae) em área de Cerrado no sudeste do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Iheringia. Série Zoologia |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0073-47212008000200014 |
Resumo: | Neste estudo, descrevemos aspectos da biologia reprodutiva de H. albopunctatus. Coletamos os dados no município de Uberlândia (MG), Brasil. Eventos comportamentais foram observados focalmente. Determinamos o padrão de distribuição espacial dos girinos. Comparamos a abundância de girinos em lagos e brejos, correlacionando-a com profundidade, quantidade de substrato vegetal e número de artrópodes através de uma Análise de Componentes Principais. Testamos a palatabilidade de ovos e girinos para duas espécies de teleósteos. A atividade de vocalização ocorria em praticamente todos os meses do ano. Os machos eram menores que as fêmeas e tinham um espinho em cada prepolex. O amplexo foi alternado entre os tipos axilar e timpânico. As desovas (média de 769 ovos) foram postas à superfície da água em uma monocamada. Girinos recentes eram pretos, porém tornavam-se acobreados ao longo do desenvolvimento. Diferentemente dos girinos, os ovos foram impalatáveis para os teleósteos testados. Os girinos eram mais abundantes nos brejos e se distribuíam de forma agregada no ambiente. Somente nos lagos houve correlação positiva entre a abundância de girinos e profundidade, número de artrópodes e quantidade de substrato vegetal. A reprodução da espécie quase continua ao longo do ano é um comportamento raro entre anuros do sudeste do Brasil. A abundância maior de girinos nos brejos pode ser devido à ausência de teleósteos predadores. A impalatabilidade dos ovos e o uso de micro-hábitat de refúgio pelos girinos provavelmente são os mecanismos que possibilitam a coocorrência de H. albopunctatus com teleósteos. |
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Neste estudo, descrevemos aspectos da biologia reprodutiva de H. albopunctatus. Coletamos os dados no município de Uberlândia (MG), Brasil. Eventos comportamentais foram observados focalmente. Determinamos o padrão de distribuição espacial dos girinos. Comparamos a abundância de girinos em lagos e brejos, correlacionando-a com profundidade, quantidade de substrato vegetal e número de artrópodes através de uma Análise de Componentes Principais. Testamos a palatabilidade de ovos e girinos para duas espécies de teleósteos. A atividade de vocalização ocorria em praticamente todos os meses do ano. Os machos eram menores que as fêmeas e tinham um espinho em cada prepolex. O amplexo foi alternado entre os tipos axilar e timpânico. As desovas (média de 769 ovos) foram postas à superfície da água em uma monocamada. Girinos recentes eram pretos, porém tornavam-se acobreados ao longo do desenvolvimento. Diferentemente dos girinos, os ovos foram impalatáveis para os teleósteos testados. Os girinos eram mais abundantes nos brejos e se distribuíam de forma agregada no ambiente. Somente nos lagos houve correlação positiva entre a abundância de girinos e profundidade, número de artrópodes e quantidade de substrato vegetal. A reprodução da espécie quase continua ao longo do ano é um comportamento raro entre anuros do sudeste do Brasil. A abundância maior de girinos nos brejos pode ser devido à ausência de teleósteos predadores. A impalatabilidade dos ovos e o uso de micro-hábitat de refúgio pelos girinos provavelmente são os mecanismos que possibilitam a coocorrência de H. albopunctatus com teleósteos. |
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