ÉTICA E EDUCAÇÃO: OS PRONUNCIAMENTOS CONTEMPORÂNEOS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pires, Cecília
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Prâksis
Texto Completo: http://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistapraksis/article/view/580
Resumo: Tal como a Ética, a Educação é dialogal. Ambas externam as experiências culturais da humanidade. Na chamada espécie humana, a marca da racionalidade é o traço distintivo entre os demais seres que não apresentam o componente do logos, do ethos e, portanto, não produzem cultura, expressam a natureza. A pergunta por si mesmo e pelas coisas que a circundam fazem do sujeito uma expressão da inteligência e da consciência. Nas espécies não racionais há ausência da consciência e a ausência da pergunta. Os humanos caracterizam-se pela pergunta, fruto da sua percepção da natureza e do mundo cultural. Para os humanos, o conhecimento é sua sobrevivência, tanto no âmbito da construção teórica, quanto na esfera do saber empírico. Essa sua condição é experimentada pelo exercício da sua racionalidade. O saber humano é um saber de diálogo e de partilha. Desse modo é possível ampliar esses saberes, fazer ciência, avançar na tecnologia e permitir a compreensão das diferenças entre os sujeitos. A ética como produção teórica dos conhecimentos vividos pelos povos e nações é o dado identificador da subjetividade. Há uma profunda vinculação entre o ethos de uma comunidade, de um povo e a identidade cultural. Ao ethos se associa o logos, o verbo, a palavra, a fala. Os sujeitos da razão têm isso como propriedade de sua condição humana. Os demais seres não pronunciam nada, não possuem nem o logos nem o ethos. Não há nem pensamento, nem moralidade, a definir o agir ético. Então, a propriedade da pergunta pertence aos sujeitos produtores de cultura e de procedimentos éticos. Ao se falar em ética e educação, como pronunciamentos culturais, pense-se na interligação concreta entre fazeres humanos, ações inteligentes, procedimentos discursivos, tarefas práticas.Palavras-chave: Ética. Educação. Cultura. Subjetividade. Autonomia.
id Feevale-1_605d8e9007b65780a8e838479344ea30
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/580
network_acronym_str Feevale-1
network_name_str Revista Prâksis
repository_id_str
spelling ÉTICA E EDUCAÇÃO: OS PRONUNCIAMENTOS CONTEMPORÂNEOSTal como a Ética, a Educação é dialogal. Ambas externam as experiências culturais da humanidade. Na chamada espécie humana, a marca da racionalidade é o traço distintivo entre os demais seres que não apresentam o componente do logos, do ethos e, portanto, não produzem cultura, expressam a natureza. A pergunta por si mesmo e pelas coisas que a circundam fazem do sujeito uma expressão da inteligência e da consciência. Nas espécies não racionais há ausência da consciência e a ausência da pergunta. Os humanos caracterizam-se pela pergunta, fruto da sua percepção da natureza e do mundo cultural. Para os humanos, o conhecimento é sua sobrevivência, tanto no âmbito da construção teórica, quanto na esfera do saber empírico. Essa sua condição é experimentada pelo exercício da sua racionalidade. O saber humano é um saber de diálogo e de partilha. Desse modo é possível ampliar esses saberes, fazer ciência, avançar na tecnologia e permitir a compreensão das diferenças entre os sujeitos. A ética como produção teórica dos conhecimentos vividos pelos povos e nações é o dado identificador da subjetividade. Há uma profunda vinculação entre o ethos de uma comunidade, de um povo e a identidade cultural. Ao ethos se associa o logos, o verbo, a palavra, a fala. Os sujeitos da razão têm isso como propriedade de sua condição humana. Os demais seres não pronunciam nada, não possuem nem o logos nem o ethos. Não há nem pensamento, nem moralidade, a definir o agir ético. Então, a propriedade da pergunta pertence aos sujeitos produtores de cultura e de procedimentos éticos. Ao se falar em ética e educação, como pronunciamentos culturais, pense-se na interligação concreta entre fazeres humanos, ações inteligentes, procedimentos discursivos, tarefas práticas.Palavras-chave: Ética. Educação. Cultura. Subjetividade. Autonomia.Universidade Feevale2006-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistapraksis/article/view/58010.25112/rp.v2i0.580Revista Prâksis; v. 2 (2006): Educação e Ética - Julho / Dezembro; 33-382448-19391807-111210.25112/rp.v2i0reponame:Revista Prâksisinstname:Universidade Feevale (Feevale)instacron:Feevaleporhttp://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistapraksis/article/view/580/554Copyright (c) 2016 Revista Prâksisinfo:eu-repo/semantics/openAccessPires, Cecília2017-07-06T22:10:50Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/580Revistahttp://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistapraksis/indexhttp://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistapraksis/oai||mauricio@feevale.br2448-19392448-1939opendoar:2017-07-06T22:10:50Revista Prâksis - Universidade Feevale (Feevale)false
dc.title.none.fl_str_mv ÉTICA E EDUCAÇÃO: OS PRONUNCIAMENTOS CONTEMPORÂNEOS
title ÉTICA E EDUCAÇÃO: OS PRONUNCIAMENTOS CONTEMPORÂNEOS
spellingShingle ÉTICA E EDUCAÇÃO: OS PRONUNCIAMENTOS CONTEMPORÂNEOS
Pires, Cecília
title_short ÉTICA E EDUCAÇÃO: OS PRONUNCIAMENTOS CONTEMPORÂNEOS
title_full ÉTICA E EDUCAÇÃO: OS PRONUNCIAMENTOS CONTEMPORÂNEOS
title_fullStr ÉTICA E EDUCAÇÃO: OS PRONUNCIAMENTOS CONTEMPORÂNEOS
title_full_unstemmed ÉTICA E EDUCAÇÃO: OS PRONUNCIAMENTOS CONTEMPORÂNEOS
title_sort ÉTICA E EDUCAÇÃO: OS PRONUNCIAMENTOS CONTEMPORÂNEOS
author Pires, Cecília
author_facet Pires, Cecília
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Pires, Cecília
description Tal como a Ética, a Educação é dialogal. Ambas externam as experiências culturais da humanidade. Na chamada espécie humana, a marca da racionalidade é o traço distintivo entre os demais seres que não apresentam o componente do logos, do ethos e, portanto, não produzem cultura, expressam a natureza. A pergunta por si mesmo e pelas coisas que a circundam fazem do sujeito uma expressão da inteligência e da consciência. Nas espécies não racionais há ausência da consciência e a ausência da pergunta. Os humanos caracterizam-se pela pergunta, fruto da sua percepção da natureza e do mundo cultural. Para os humanos, o conhecimento é sua sobrevivência, tanto no âmbito da construção teórica, quanto na esfera do saber empírico. Essa sua condição é experimentada pelo exercício da sua racionalidade. O saber humano é um saber de diálogo e de partilha. Desse modo é possível ampliar esses saberes, fazer ciência, avançar na tecnologia e permitir a compreensão das diferenças entre os sujeitos. A ética como produção teórica dos conhecimentos vividos pelos povos e nações é o dado identificador da subjetividade. Há uma profunda vinculação entre o ethos de uma comunidade, de um povo e a identidade cultural. Ao ethos se associa o logos, o verbo, a palavra, a fala. Os sujeitos da razão têm isso como propriedade de sua condição humana. Os demais seres não pronunciam nada, não possuem nem o logos nem o ethos. Não há nem pensamento, nem moralidade, a definir o agir ético. Então, a propriedade da pergunta pertence aos sujeitos produtores de cultura e de procedimentos éticos. Ao se falar em ética e educação, como pronunciamentos culturais, pense-se na interligação concreta entre fazeres humanos, ações inteligentes, procedimentos discursivos, tarefas práticas.Palavras-chave: Ética. Educação. Cultura. Subjetividade. Autonomia.
publishDate 2006
dc.date.none.fl_str_mv 2006-08-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistapraksis/article/view/580
10.25112/rp.v2i0.580
url http://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistapraksis/article/view/580
identifier_str_mv 10.25112/rp.v2i0.580
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistapraksis/article/view/580/554
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2016 Revista Prâksis
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2016 Revista Prâksis
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Feevale
publisher.none.fl_str_mv Universidade Feevale
dc.source.none.fl_str_mv Revista Prâksis; v. 2 (2006): Educação e Ética - Julho / Dezembro; 33-38
2448-1939
1807-1112
10.25112/rp.v2i0
reponame:Revista Prâksis
instname:Universidade Feevale (Feevale)
instacron:Feevale
instname_str Universidade Feevale (Feevale)
instacron_str Feevale
institution Feevale
reponame_str Revista Prâksis
collection Revista Prâksis
repository.name.fl_str_mv Revista Prâksis - Universidade Feevale (Feevale)
repository.mail.fl_str_mv ||mauricio@feevale.br
_version_ 1798325123464298496