CRIPTOJUDAÍSMO E DIÁSPORA: CLANDESTINIDADE, CICLICIDADE E VIRTUALIDADE
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Prâksis |
Texto Completo: | http://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistapraksis/article/view/3823 |
Resumo: | Enquanto duraram as perseguições inquisitoriais, muitos cristãos-novos abandonaram Portugal, mas o exílio não foi possível para todos, na medida em que várias diretrizes régias os obrigaram a ficar. Durante séculos, muitos dos que ficaram não perderam a sua fé judaica. Pelo contrário, mantiveram as suas práticas na clandestinidade e transmitiram-na às gerações seguintes até ao presente. Partindo dos textos litúrgicos criptojudaicos recolhidos e publicados, em Portugal, por Samuel Schwarz e Barros Basto, na primeira metade do século XX, pretende-se, com este artigo, analisar a conjugação e a interligação de diferentes fatores, que subjazem à condição exílica, de forma a entender se é adequado falar de uma diáspora virtual criptojudaica. Neste sentido, procuraremos perceber de que maneira podem ser associados os conceitos de clandestinidade, ciclicidade e virtualidade às noções de extraterritorialidade, ficção, fusão, heterotopia e exiliência, analisando as suas complexas interconexões, desvelando parte dos meandros do sistema de crenças criptojudaico e trazendo à luz do dia indícios da oculta identidade marrana. |
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