CRENÇAS E ATITUDES LINGUÍSTICAS: A VARIANTE RETROFLEXA NA VARIEDADE RIO-PRETENSE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vassoler, Aline
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Gomes Camacho, Roberto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista do GEL
Texto Completo: https://revistas.gel.org.br/rg/article/view/1426
Resumo: A pronúncia retroflexa do rótico em coda silábica, uma variante estigmatizada pelos falantes de outras variedades, identifica a chamada variedade caipira em que se inclui São José do Rio Preto. Para examinar se esse traço característico é também estigmatizado na variedade rio-pretense, avaliou-se, neste trabalho, o grau de prestígio ou de estigmatização dessa variante em comparação a outras duas pronúncias possíveis: o tepe alveolar e a fricativa velar, no contexto seguinte de /a/, /i/ e /u/. O procedimento metodológico incluiu uma gravação de 27 enunciados contendo essas três realizações à qual se aplicou, em seguida, testes de atitude e de crença linguística a dois grupos de informantes de Ensino Fundamental, um da rede pública e outro da rede particular e um grupo de informantes de Ensino Superior. Os resultados do teste de crença apontaram que, especificamente em contexto vocálico de /i/, não houve homogeneidade nas respostas dos três grupos. Nos resultados do teste de atitude, os informantes de ensino superior atribuíram notas mais altas que os informantes do ensino fundamental à pronúncia de tepe. No geral, os resultados mostraram que, apesar de a retroflexa constituir um traço identificador da variedade caipira, é a variante tepe que os informantes atribuem maior grau de prestígio
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