Destecendo uma carta pela estilística da expressão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista do GEL |
Texto Completo: | https://revistas.gel.org.br/rg/article/view/40 |
Resumo: | Pretendemos atravessar o texto de Eça de Queirós, Carta ao Sr. Mollinet, teorizando a estilística da expressão de Marcel Cressot, denominada “a textura”. Discutiremos o que se busca na leitura de um texto hoje: a forma, o sentido ou a forma que produz sentido? Ainda que por meio da estilística se proceda a um levantamento e descrição das categorias linguísticas nesse texto de Eça, o levantamento morfológico em nível de enunciado esvaziase, se feito isoladamente. É do eixo sintático-semântico e melódico que Eça infla de vida seus personagens. A caracterização de Pacheco e do povo português apoia-se no nexo, produtor de uma metassignificação antagônica à significação primeira. A ironia eciana resulta da significação reversa – do ne pas dire. O nexo é a grande coesão significante entre o discurso lógico e o metalógico – a gerar novas significações; recursos verbais se multiplicam, se criam, a fi m de metamorfosear o signo linguístico em pictórico ou icônico. A ironia rege toda a tessitura construtiva que decorre de novos referentes, resultantes de relações demiúrgicas entre si, pelo processo metalógico, já que este possibilita estabelecer e alterar o sentido, ao relacionar signos e referentes, significantes e significados, enunciado e contextos. As análises do texto selecionado de Eça enriquecem-no pelas descobertas reveladas pela Estilística da Expressão. |
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Destecendo uma carta pela estilística da expressãoEstilística da Expressão. Metassignifi cação. Textura.Pretendemos atravessar o texto de Eça de Queirós, Carta ao Sr. Mollinet, teorizando a estilística da expressão de Marcel Cressot, denominada “a textura”. Discutiremos o que se busca na leitura de um texto hoje: a forma, o sentido ou a forma que produz sentido? Ainda que por meio da estilística se proceda a um levantamento e descrição das categorias linguísticas nesse texto de Eça, o levantamento morfológico em nível de enunciado esvaziase, se feito isoladamente. É do eixo sintático-semântico e melódico que Eça infla de vida seus personagens. A caracterização de Pacheco e do povo português apoia-se no nexo, produtor de uma metassignificação antagônica à significação primeira. A ironia eciana resulta da significação reversa – do ne pas dire. O nexo é a grande coesão significante entre o discurso lógico e o metalógico – a gerar novas significações; recursos verbais se multiplicam, se criam, a fi m de metamorfosear o signo linguístico em pictórico ou icônico. A ironia rege toda a tessitura construtiva que decorre de novos referentes, resultantes de relações demiúrgicas entre si, pelo processo metalógico, já que este possibilita estabelecer e alterar o sentido, ao relacionar signos e referentes, significantes e significados, enunciado e contextos. As análises do texto selecionado de Eça enriquecem-no pelas descobertas reveladas pela Estilística da Expressão.Revista do Gel2011-12-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.gel.org.br/rg/article/view/40Revista do GEL; v. 8 n. 2 (2011): Revista do GEL ; 96-1081984-591X1806-4906reponame:Revista do GELinstname:Grupo de estudos linguísticos (GEL)instacron:GELporhttps://revistas.gel.org.br/rg/article/view/40/22SALZEDAS, Nelyse A. MelroPACCOLA, Rivaldo Alfredoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-12-28T15:19:49Zoai:ojs.emnuvens.com.br:article/40Revistahttps://revistas.gel.org.br/rgONGhttps://revistas.gel.org.br/rg/oai||revistadogel@gmail.com1984-591X1806-4906opendoar:2021-12-28T15:19:49Revista do GEL - Grupo de estudos linguísticos (GEL)false |
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