AGENCIAMENTOS ENUNCIATIVOS: O DIREITO DE DIZER EM PROCESSOS JURÍDICOS DO SÉCULO XIX
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
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Título da fonte: | Revista do GEL |
Texto Completo: | https://revistas.gel.org.br/rg/article/view/1825 |
Resumo: | Resumo: Neste artigo, objetiva-se descrever semanticamente como se caracteriza o direito de dizer de escravos e de libertos, no espaço político-jurídico do Brasil imperial, em comparação com o direito de enunciação de pessoas livres. Para tanto, embasando-se nos pressupostos da Semântica do Acontecimento e tomando, como corpus, enunciados extraídos de cinco processos jurídicos do século XIX, analisamos dois modos de agenciamentos enunciativos daqueles que procuraram a Justiça/Estado para reclamar direitos. Como procedimento metodológico, faz-se a descrição: a) da cena enunciativa de cada excerto; b) do funcionamento de elementos linguísticos, que, nos enunciados, determinam os termos indicadores dos lugares de enunciação ou reescrituram as figuras enunciativas, articulam-se a elas ou as designam, como nomes próprios e pronomes. Defendemos que o direito de dizer de escravos e de libertos, no espaço político-jurídico, era adquirido, como demonstram os funcionamentos enunciativos do corpus, sob as mesmas condições do direito de dizer do falante livre que não sabia escrever. Como resultado, verifica-se que, nos textos que integram os processos jurídicos em análise, as enunciações de escravos e de libertos constituem memoráveis, que o Locutor do presente do acontecimento reescritura por paráfrase para fundamentar a argumentação a favor da causa da liberdade ou de direitos civis. |
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AGENCIAMENTOS ENUNCIATIVOS: O DIREITO DE DIZER EM PROCESSOS JURÍDICOS DO SÉCULO XIXAgenciamento enunciativo. Escravidão. Processos Jurídicos. Semântica do Acontecimento.EnunciaçãoResumo: Neste artigo, objetiva-se descrever semanticamente como se caracteriza o direito de dizer de escravos e de libertos, no espaço político-jurídico do Brasil imperial, em comparação com o direito de enunciação de pessoas livres. Para tanto, embasando-se nos pressupostos da Semântica do Acontecimento e tomando, como corpus, enunciados extraídos de cinco processos jurídicos do século XIX, analisamos dois modos de agenciamentos enunciativos daqueles que procuraram a Justiça/Estado para reclamar direitos. Como procedimento metodológico, faz-se a descrição: a) da cena enunciativa de cada excerto; b) do funcionamento de elementos linguísticos, que, nos enunciados, determinam os termos indicadores dos lugares de enunciação ou reescrituram as figuras enunciativas, articulam-se a elas ou as designam, como nomes próprios e pronomes. Defendemos que o direito de dizer de escravos e de libertos, no espaço político-jurídico, era adquirido, como demonstram os funcionamentos enunciativos do corpus, sob as mesmas condições do direito de dizer do falante livre que não sabia escrever. Como resultado, verifica-se que, nos textos que integram os processos jurídicos em análise, as enunciações de escravos e de libertos constituem memoráveis, que o Locutor do presente do acontecimento reescritura por paráfrase para fundamentar a argumentação a favor da causa da liberdade ou de direitos civis.Revista do Gel2017-09-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.gel.org.br/rg/article/view/182510.21165/gel.v14i2.1825Revista do GEL; v. 14 n. 2 (2017): Revista do GEL; 53-751984-591X1806-4906reponame:Revista do GELinstname:Grupo de estudos linguísticos (GEL)instacron:GELporhttps://revistas.gel.org.br/rg/article/view/1825/1182Souza, Cecilia Ribeiro deSantos, Jorge Vianainfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-09-03T21:51:54Zoai:ojs.emnuvens.com.br:article/1825Revistahttps://revistas.gel.org.br/rgONGhttps://revistas.gel.org.br/rg/oai||revistadogel@gmail.com1984-591X1806-4906opendoar:2017-09-03T21:51:54Revista do GEL - Grupo de estudos linguísticos (GEL)false |
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