Os desafios da Anestesiologia frente ao manejo dos pacientes usuários de drogas ilícitas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simões de Castro, Gabriell
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Lima, Arthur Bassolli Larcher, Rocha, Gabriela Almeida, Pedro, Ludmilla Miranda, Franco, Danielle Cristina Zimmermann
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences
Texto Completo: https://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/view/1257
Resumo: Introdução: O uso de drogas ilícitas, cada vez mais presente na atualidade, influencia diretamente na administração de anestésicos, sejam eles locais ou gerais, em cirurgias eletivas ou em caráter de urgência. A análise pré-operatória das condições clínicas do paciente é essencial para que seja traçada uma boa conduta anestésica, uma vez que usuários crônicos de drogas como maconha, cocaína, crack, ecstasy e heroína estão mais susceptíveis a efeitos adversos do anestésico, levando a um prognóstico operatório e pós-operatório ruim. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho é o de analisar a literatura acerca do tema. Metodologia: Foi usada uma metodologia qualitativa, sem procura por dados quantitativos. Resultados e Discussão: Quanto aos resultados, aqueles que são usuários de maconha apresentaram maior resistência a anestésicos inalatórios e gerais, necessitando maiores posologias; no que diz respeito ao uso de cocaína e crack, anestesias locais podem ocasionar reações de toxicidade, devido ao efeito aditivo que essas drogas trazem à interação medicamentosa; aqueles que são usuários de ecstasy também apresentam risco de efeitos adversos, como lesão hepática, aumento da pressão arterial, hipertermia, convulsões e acidentes vasculares encefálicos (AVEs), sendo necessária a aplicação de um bloqueador neuromuscular junto à anestesia; quanto à heroína, por ela ser um opióide, anestésicos antagonistas dessa classe são a melhor opção, para evitar reações prejudiciais ao paciente. Conclusão: Logo, cabe à equipe cirúrgica, em casos eletivos, analisar a história do paciente para determinar boas condutas operatórias e, em situações de urgência, é responsabilidade do anestesista o cálculo das possíveis dosagens e interações dos anestésicos com o sistema do paciente, ainda que seja de difícil precisão.
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