Reconfigurações do capitalismo e do trabalho: novas formas de dominação em contexto de trabalho imaterial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Mello, Pedro Dionizio
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: da Silva, Rafael Ferrari
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Café com Sociologia
Texto Completo: https://revistacafecomsociologia.com/revista/index.php/revista/article/view/1009
Resumo: O saber e a subjetividade dos trabalhadores têm-se tornado parte significativa da esfera produtiva, fazendo com que competências humanas como comunicação, organização, cooperação e capacidade de resolver problemas sejam incorporadas às atividades laborais. Para acompanhar esse processo, apoiamo-nos em quatro teóricos: Camargo (2011), Gorz (2003) e Negri & Lazzarato (2001). Assim, a demanda do capitalismo por um novo ideal de trabalhador será interpretada sob o ponto de vista de novas formas de dominação, mais complexas e que requerem um olhar para além do espaço e tempo tradicionais de trabalho. Como as competências humanas são requisitos para o desenvolvimento de atividades laborais mais complexas típicas da nova economia, e sabendo que esses aspectos são adquiridos no cotidiano, os espaços e tempos de lazer acabam ganhando bastante interesse. O tempo além do trabalho acaba tornando-se um novo sustentáculo de dominação, expandindo-a para além do expediente por meio de uma subjetividade que estará envolvida no trabalho. Como objetivo geral, buscamos observar como essas metamorfoses impactam na vida dos trabalhadores a partir de novas formas de dominação, contextualizada no caso de empreendedores e trabalhadores na área da economia do conhecimento. Quanto ao método, a pesquisa realizou entrevistas semiestruturadas, levando em conta a subjetividade de cada um para entender o contexto inserido. Nesse sentido, a questão da dominação instiga a pensar como novas formas de dominação associadas ao capital se apropriam da vida em sua totalidade, tendo como uma hipótese inicial uma maior dificuldade de separação de espaços e tempos de trabalho e não trabalho. Workers' knowledge and subjectivity have become a significant part of the productive sphere, making human skills such as communication, organization, cooperation, and problem-solving skills incorporated into work activities. To accompany this process, we rely on four theorists: Camargo (2011), Gorz (2003) and Negri & Lazzarato (2001). Thus, capitalism's demand for a new worker ideal will be interpreted from the standpoint of new, more complex forms of domination that require a look beyond the traditional space and time of labor. As human skills are requirements for the development of more complex labor activities typical of the new economy, and knowing that these aspects are acquired in everyday life, the spaces and times of recreation end up gaining a lot of interest. Time beyond work ends up becoming a new mainstay of domination, expanding it beyond the ordinary through a subjectivity that will be involved in the work. As a general objective, we seek to observe how these metamorphoses impact the life of the workers from new forms of domination, contextualized in the case of entrepreneurs and workers in the area of the  knowledge economy. As for the method, the research carried out semi-structured interviews, taking into account the subjectivity of each one to understand the inserted context. In this sense, the question of domination instigates to think how new forms of domination associated with capital take over life in its totality, having as an initial hypothesis a greater difficulty of separability of spaces and times of work and not work.
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