Espécies de Phytophthora associadas à gomose em pomares de citros no Estado do Paraná, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caixeta,Marilda Pereira
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Nunes,William Mário de Carvalho, Santos,Alvaro Figueredo dos, Tessmann,Dauri José, Vida,João Batista
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Summa phytopathologica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-54052013000400002
Resumo: A gomose dos citros é considerada uma doença de grande importância para a citricultura no Brasil e em nível mundial. A etiologia desta doença compreende um complexo de espécies de Phytophthora. Embora importante, pouco se conhece sobre a gomose nas regiões produtoras de citros no Estado do Paraná. Por isso, este trabalho teve como objetivo identificar espécies de Phytophthora associadas à gomose em pomares de citros no Paraná. Nas regiões Norte, Noroeste e Vale do Ribeira foram retiradas amostras de raízes de plantas com sintomas de gomose e também de solo da rizosfera. Em laboratório, empregando pêra cv. D'anjou como isca e meio de cultivo batata-dextrose-ágar, foram obtidos 21 isolados de Phytophthora spp. Todos os isolados infectaram mudas de limão 'Cravo', reproduzindo os sintomas de gomose e também apresentaram crescimento micelial a 8º C e a 36º C, com exceção do isolado PR20 para 36º C . "In vitro", esses isolados foram heterotálicos, sendo 20 compatíveis ao tipo padrão A2 e um compatível ao tipo padrão A1. Vinte isolados formaram esporângios persistentes e papilados, com 25,5 - 62,0 µm de comprimento (C) e 27,9 - 49,6 µm de largura (L) e a relação C/L foi de 1,38:1. Um isolado (PR20) apresentou esporângios medindo 40,3 - 55,8 µm de comprimento e 27,9 - 37,2 µm de largura, formando esporângios persistentes, papilados ou bipapilados e de formas distorcidas, não formando clamidósporos. A temperatura ótima para crescimento desse isolado foi entre 20 a 28º C, enquanto para os demais foi de 24 a 32º C, tendo estes produção abundante de clamidósporos globosos de diâmetro variando entre 21,7 a 43,4 µm. De acordo com as características morfofisiológicas apresentadas, dos 21 isolados analisados, 20 pertenceram à espécie P. nicotianae e um à espécie P. citrophthora. A análise de sequências de genes da região ITS1-5.8S-ITS2 do rDNA e usando o teste de "Single-Strand Conformation Polymorphism" (SSCP), confirmou P. nicotianae e P. citrophthora como as duas espécies de Phytophthora associadas à gomose em pomares de citros no estado do Paraná.
id GPF-1_d9ddf2c0588b5cb7e699b0c7f1fef821
oai_identifier_str oai:scielo:S0100-54052013000400002
network_acronym_str GPF-1
network_name_str Summa phytopathologica (Online)
repository_id_str
spelling Espécies de Phytophthora associadas à gomose em pomares de citros no Estado do Paraná, BrasilPhytophthora nicotianaePhytophthora citrophthoraetiologiaCitrus spp.A gomose dos citros é considerada uma doença de grande importância para a citricultura no Brasil e em nível mundial. A etiologia desta doença compreende um complexo de espécies de Phytophthora. Embora importante, pouco se conhece sobre a gomose nas regiões produtoras de citros no Estado do Paraná. Por isso, este trabalho teve como objetivo identificar espécies de Phytophthora associadas à gomose em pomares de citros no Paraná. Nas regiões Norte, Noroeste e Vale do Ribeira foram retiradas amostras de raízes de plantas com sintomas de gomose e também de solo da rizosfera. Em laboratório, empregando pêra cv. D'anjou como isca e meio de cultivo batata-dextrose-ágar, foram obtidos 21 isolados de Phytophthora spp. Todos os isolados infectaram mudas de limão 'Cravo', reproduzindo os sintomas de gomose e também apresentaram crescimento micelial a 8º C e a 36º C, com exceção do isolado PR20 para 36º C . "In vitro", esses isolados foram heterotálicos, sendo 20 compatíveis ao tipo padrão A2 e um compatível ao tipo padrão A1. Vinte isolados formaram esporângios persistentes e papilados, com 25,5 - 62,0 µm de comprimento (C) e 27,9 - 49,6 µm de largura (L) e a relação C/L foi de 1,38:1. Um isolado (PR20) apresentou esporângios medindo 40,3 - 55,8 µm de comprimento e 27,9 - 37,2 µm de largura, formando esporângios persistentes, papilados ou bipapilados e de formas distorcidas, não formando clamidósporos. A temperatura ótima para crescimento desse isolado foi entre 20 a 28º C, enquanto para os demais foi de 24 a 32º C, tendo estes produção abundante de clamidósporos globosos de diâmetro variando entre 21,7 a 43,4 µm. De acordo com as características morfofisiológicas apresentadas, dos 21 isolados analisados, 20 pertenceram à espécie P. nicotianae e um à espécie P. citrophthora. A análise de sequências de genes da região ITS1-5.8S-ITS2 do rDNA e usando o teste de "Single-Strand Conformation Polymorphism" (SSCP), confirmou P. nicotianae e P. citrophthora como as duas espécies de Phytophthora associadas à gomose em pomares de citros no estado do Paraná.Grupo Paulista de Fitopatologia2013-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-54052013000400002Summa Phytopathologica v.39 n.4 2013reponame:Summa phytopathologica (Online)instname:Grupo Paulista de Fitopatologiainstacron:GPF10.1590/S0100-54052013000400002info:eu-repo/semantics/openAccessCaixeta,Marilda PereiraNunes,William Mário de CarvalhoSantos,Alvaro Figueredo dosTessmann,Dauri JoséVida,João Batistapor2014-01-21T00:00:00Zoai:scielo:S0100-54052013000400002Revistahttp://www.scielo.br/sphttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsumma@fca.unesp.br1980-54540100-5405opendoar:2014-01-21T00:00Summa phytopathologica (Online) - Grupo Paulista de Fitopatologiafalse
dc.title.none.fl_str_mv Espécies de Phytophthora associadas à gomose em pomares de citros no Estado do Paraná, Brasil
title Espécies de Phytophthora associadas à gomose em pomares de citros no Estado do Paraná, Brasil
spellingShingle Espécies de Phytophthora associadas à gomose em pomares de citros no Estado do Paraná, Brasil
Caixeta,Marilda Pereira
Phytophthora nicotianae
Phytophthora citrophthora
etiologia
Citrus spp.
title_short Espécies de Phytophthora associadas à gomose em pomares de citros no Estado do Paraná, Brasil
title_full Espécies de Phytophthora associadas à gomose em pomares de citros no Estado do Paraná, Brasil
title_fullStr Espécies de Phytophthora associadas à gomose em pomares de citros no Estado do Paraná, Brasil
title_full_unstemmed Espécies de Phytophthora associadas à gomose em pomares de citros no Estado do Paraná, Brasil
title_sort Espécies de Phytophthora associadas à gomose em pomares de citros no Estado do Paraná, Brasil
author Caixeta,Marilda Pereira
author_facet Caixeta,Marilda Pereira
Nunes,William Mário de Carvalho
Santos,Alvaro Figueredo dos
Tessmann,Dauri José
Vida,João Batista
author_role author
author2 Nunes,William Mário de Carvalho
Santos,Alvaro Figueredo dos
Tessmann,Dauri José
Vida,João Batista
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Caixeta,Marilda Pereira
Nunes,William Mário de Carvalho
Santos,Alvaro Figueredo dos
Tessmann,Dauri José
Vida,João Batista
dc.subject.por.fl_str_mv Phytophthora nicotianae
Phytophthora citrophthora
etiologia
Citrus spp.
topic Phytophthora nicotianae
Phytophthora citrophthora
etiologia
Citrus spp.
description A gomose dos citros é considerada uma doença de grande importância para a citricultura no Brasil e em nível mundial. A etiologia desta doença compreende um complexo de espécies de Phytophthora. Embora importante, pouco se conhece sobre a gomose nas regiões produtoras de citros no Estado do Paraná. Por isso, este trabalho teve como objetivo identificar espécies de Phytophthora associadas à gomose em pomares de citros no Paraná. Nas regiões Norte, Noroeste e Vale do Ribeira foram retiradas amostras de raízes de plantas com sintomas de gomose e também de solo da rizosfera. Em laboratório, empregando pêra cv. D'anjou como isca e meio de cultivo batata-dextrose-ágar, foram obtidos 21 isolados de Phytophthora spp. Todos os isolados infectaram mudas de limão 'Cravo', reproduzindo os sintomas de gomose e também apresentaram crescimento micelial a 8º C e a 36º C, com exceção do isolado PR20 para 36º C . "In vitro", esses isolados foram heterotálicos, sendo 20 compatíveis ao tipo padrão A2 e um compatível ao tipo padrão A1. Vinte isolados formaram esporângios persistentes e papilados, com 25,5 - 62,0 µm de comprimento (C) e 27,9 - 49,6 µm de largura (L) e a relação C/L foi de 1,38:1. Um isolado (PR20) apresentou esporângios medindo 40,3 - 55,8 µm de comprimento e 27,9 - 37,2 µm de largura, formando esporângios persistentes, papilados ou bipapilados e de formas distorcidas, não formando clamidósporos. A temperatura ótima para crescimento desse isolado foi entre 20 a 28º C, enquanto para os demais foi de 24 a 32º C, tendo estes produção abundante de clamidósporos globosos de diâmetro variando entre 21,7 a 43,4 µm. De acordo com as características morfofisiológicas apresentadas, dos 21 isolados analisados, 20 pertenceram à espécie P. nicotianae e um à espécie P. citrophthora. A análise de sequências de genes da região ITS1-5.8S-ITS2 do rDNA e usando o teste de "Single-Strand Conformation Polymorphism" (SSCP), confirmou P. nicotianae e P. citrophthora como as duas espécies de Phytophthora associadas à gomose em pomares de citros no estado do Paraná.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-12-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-54052013000400002
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-54052013000400002
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0100-54052013000400002
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Grupo Paulista de Fitopatologia
publisher.none.fl_str_mv Grupo Paulista de Fitopatologia
dc.source.none.fl_str_mv Summa Phytopathologica v.39 n.4 2013
reponame:Summa phytopathologica (Online)
instname:Grupo Paulista de Fitopatologia
instacron:GPF
instname_str Grupo Paulista de Fitopatologia
instacron_str GPF
institution GPF
reponame_str Summa phytopathologica (Online)
collection Summa phytopathologica (Online)
repository.name.fl_str_mv Summa phytopathologica (Online) - Grupo Paulista de Fitopatologia
repository.mail.fl_str_mv summa@fca.unesp.br
_version_ 1754193417541255168