Estudo hidrológico de pequenas bacias e sua aplicação à irrigação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tosello,Rino N.
Data de Publicação: 1961
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bragantia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051961000100021
Resumo: No presente trabalho faz-se o estudo hidrológico de pequenas bacias situadas na Estação Experimental «Dr. Theodureto de Camargo», do Instituto Agronômico, em Campinas, com base em dados coligidos no período de junho de 1945 a julho de 1947. Duas das bacias, respectivamente de 120 e 180 hectares de área. são contribuintes de uma terceira bacia, de 522 hectares, limitada em sua parte inferior pela barragem de terra de uma velha reprêsa. As vazões das duas pequenas bacias e do ladrão da reprêsa foram medidas com calhas «Parshall» durante aquele intervalo de tempo. Os dados foram analisados por meio de diagramas, simples e acumulados, das vazões das bacias e das precipitações mensais. São também apresentados diversos, diagramas de Rippl para ilustrar a aplicação prática dos dados. Comparações de dados dc evapotranspiração obtidos dos estudos hidrológicos com dados de evapotranspiração potencial calculados pelo emprêgo da fórmula de Thornthwaite, mostraram uma surpreendente concordância, em tôrno de uma média mensal de 80 milímetros, obtida para períodos de 13 meses. As porcentagens de vazão das bacias em relação ao volume das precipitações foram, em média, de 26,5%, da qual apenas uma pequena parcela (3% da precipitação total) é atribuída à enxurrada. Os restantes 23,5% da vazão das bacias acredita-se serem devidos à água percolada do solo que atingiu o lençol freático. As perdas totais (infiltração + evaporação) verificadas por efeito do armazenamento de água, represadas pela antiga barragem de terra, foram estimadas em tôrno de 50% da vazão total de alimentação. Acredita-se que poderiam ser menores se a barragem fôsse construída por processos modernos, que implicam naimpermeabilização quase total da estrutura. Verifica-se que há uma defasagem nos máximos e mínimos observados para as precipitações e vazões das bacias estudadas, mais acentuada no início da estação chuvosa devido ao fenômeno de retenção de água pelo solo. Essa defasagem assume aspectos de particular importância nos estudos de disponibilidade de água, revelando ser bastante precário o método de determinação da vazão, em uma época qualquer, sem a continuidade necessária.
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