Amarelecimento do arroz-de-sequeiro sob condições de encharcamento em solo de baixa fertilidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte,Aildson Pereira
Data de Publicação: 1993
Outros Autores: Voltan,Rachel Benetti Queiroz, Furlani,Pedro Roberto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bragantia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051993000200006
Resumo: Foi realizado um experimento em vasos visando reproduzir sintomas de amarelecimento foliar observados em arroz-de-sequeiro em condições de campo, em Assis (SP), e estudar suas possíveis causas nutricionais. Os tratamentos constituíram-se de areia quartzosa retirada da camada de 0-20 cm, submetida a dois manejos (solo original e solo calcariado e cultivado), dois tipos de irrigação (padrão e excessiva) e quatro cultivares de arroz (IAC-25, IAC-47, Araguaia e Rio Paranaíba). Foram avaliados os sintomas de amarelecimento foliar, o acúmulo de massa seca da parte aérea e de raízes, os teores de macro- e micronutrientes nas folhas e colmos, e estudou-se a anatomia de folhas e raízes. Com a irrigação padrão, praticamente não ocorreu amarelecimento, em ambos os solos. Com a irrigação excessiva do solo original, surgiram sintomas de amarelecimento e aumentos da relação entre a massa seca da parte aérea e das raízes. No solo original, o encharcamento aumentou o teor de Fe em toda a parte aérea e diminuiu os teores de Mn nas folhas e os de Mg nas folhas e nos colmos. No solo cultivado, os resultados foram semelhantes, com exceção do teor de Fe, que diminuiu nas folhas. O 'Araguaia' apresentou menores notas de amarelecimento e tendência de maiores teores de N, P e Ca e foi o único cultivar em que o excesso de irrigação não diminuiu os teores de Mn nas folhas. Observou-se, no limbo foliar das plantas submetidas ao tratamento solo original com irrigação excessiva, que os cloroplastos eram menores, distribuídos na região periférica das células do mesofilo e em menor número do que nos outros tratamentos. Concluiu-se que o amarelecimento ocorreu sob condições de encharcamento e baixa fertilidade natural do solo devido à toxicidade de Fe e à deficiência de Mg na planta, associados a um múltiplo estresse nutricional, e que o cultivar Araguaia se mostrou mais tolerante às condições adversas que induziram o aparecimento dos sintomas.
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