Detecção e monitoramento da resistência do tripes Frankliniella occidentalis ao inseticida espinosade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rais,Débora Soller
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Sato,Mário Eidi, Silva,Marcos Zatti da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bragantia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87052013000100006
Resumo: O tripes Frankliniella occidentalis (Pergande) (Thysanoptera: Thripidae) é uma das pragas mais importantes em cultivos protegidos, principalmente de plantas ornamentais e hortícolas. Entre os problemas enfrentados pelos agricultores estão a dificuldade de seu controle com o uso de inseticidas devido à sua preferência pelas partes internas das flores e a evolução de resistência aos agroquímicos. O objetivo da pesquisa foi caracterizar a resistência de F. occidentalis a espinosade e avaliar a frequência de insetos resistentes ao inseticida, em áreas comerciais de crisântemo de diversos municípios do Estado de São Paulo. Seleções para resistência a espinosade foram realizadas em laboratório, utilizando-se uma população de F. occidentalis, coletada em 2007 de um cultivo comercial de crisântemo em Campinas (SP). No decorrer de sete seleções para resistência, a CL50 de espinosade passou de 8,41 mg i.a. L-1 para 1111 mg i.a. L-1. Comparando-se a linhagem resistente (R) (selecionada) e a suscetível (S), a razão de resistência (CL50 R/CL50 S) atingiu valores de ≈280 vezes. Estabeleceu-se uma concentração discriminatória de 98 mg i.a. L-1 para o monitoramento da resistência de F. occidentalis a espinosade. O monitoramento foi realizado coletando-se 19 populações do tripes em áreas comerciais de crisântemo no Estado de São Paulo. Os bioensaios foram realizados com ninfas de segundo ínstar de F. occidentalis, colocadas em arenas de folha de feijão. As aplicações de espinosade, na sua concentração discriminatória, foram realizadas sobre as ninfas em torre de Potter. Os resultados indicaram alta variabilidade entre as populações com relação à suscetibilidade a espinosade. Foram observadas populações com até 40,7% de insetos resistentes. Este é o primeiro relato de resistência de F. occidentalis a espinosade no Brasil.
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