Melhoramento do cafeeiro: XI - Análise da produção de progênies e híbridos de bourbon vermelho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Antunes Filho,H.
Data de Publicação: 1957
Outros Autores: Carvalho,Alcides
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bragantia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051957000100013
Resumo: Um conjunto de 24 progênies, derivadas de plantas matrizes selecionadas da variedade Bourbon Vermelho, e outro de 19 grupos de híbridos F1 entre essas plantas matrizes, cada um dêles com 20 plantas, tiveram a produção individual controlada durante os seis primeiros anos. Após esse período, cinco melhores progénies e cinco híbridos F1 num total de 200 plantas, continuaram a ser colhidos individualmente por mais de oito anos consecutivos. De outras progênies e híbridos F1, 139 indivíduos também tiveram a produção controlada por 14 anos. Com os dados obtidos realizou-se um estudo a fim de verificar se a eliminação precoce de progénies menos produtivas, logo após o 2.° ano de produção, redundaria em eliminação de progênies que, após seis anos de produção, passassem a pertencer ao grupo mais produtivo. Como resultado verificou-se que hão haveria desvantagem em se realizar essa seleção precoce, pois as progênies que aos dois anos de produção total se mostraram menos produtivas assim se conservaram até aos seis anos, com raras exceções. A seleção das progênies mais produtivas, feita com base em apenas duas primeiras produções, é menos eficiente. A análise, dos dois e dos seis anos de produção total individual dos 856 cafeeiros tomados como uma população única, mostra que há uma acentuada tendência de os indivíduos mais produtivos aos seis anos pertencerem a progênies e híbridos melhor classificados logo após os dois primeiros anos de produção. Também quanto a êste particular não haveria inconveniência em se eliminarem as piores progênies precocemente. Os dados relativos às 339 plantas, selecionadas após seis anos e com produção controlada por 14 anos, foram analisados quanto aos efeitos que teria a eliminação precoce das piores progênies logo depois do primeiro biênio. Verificou-se que tal efeito seria mínimo, pois na verdade, se uma tal seleção precoce tivesse sido realizada, o número de boas plantas perdidas seria bem reduzido. Dentre êstes cafeeiros 200 pertencem a cinco progênies e a cinco híbridos. As médias de suas produções acumuladas por biênios mostram que entre eles se nota tendência de os melhores conjuntos também se revelarem cedo, pois a sua classificação aos dois anos se altera pouco quando comparada com a classificação após 14 anos consecutivos de produção. A comparação entre as produções totais individuais de 14 anos dessas 200 plantas e as comparações com as médias de seis anos apresentadas por êsses conjuntos, mostram também que maior número de melhores plantas aos 14 anos pertence a progénies melhor classificadas aos seis anos. Ainda neste conjunto de plantas comparou-se a distribuição das produções totais individuais aos seis e aos 14 anos, verificando-se que as plantas que aos 14 anos se situam acima da média correspondem a cafeeiros que, em sua maioria, já se encontravam bem classificados aos seis anos. Esta análise indica que é boa a probabilidade de se efetuar seleção individual das melhores plantas após os seis primeiros anos de produções consecutivas. Como medida de segurança aconselha-se, todavia, que a seleção das progênies seja efetuada com base em seis anos de produção, e que a seleção dos cafeeiros individuais seja feita com base em 12 anos de produção, quando o cafeeiro atinge completo desenvolvimento.
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