Surtos populacionais de Bemisia tabaci no estado de São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1994 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Bragantia |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051994000100006 |
Resumo: | A partir de 1991, tem sido observada a presença da mosca-branca Bemisia tabaci (Genn.) (Homoptera: Aleyrodidae) em altas populações em hortaliças e orna-mentais nos municípios paulistas de Paulínia, Holambra, Jaguariúna e Artur Nogueira. Foram constatadas infestações severas em tomateiro, brócolos, berinjela e aboboreira; nesta última, o sintoma observado em plantas infestadas pela mosca-branca é o prateamento da face superior das folhas, em conjunto com queda drástica da produção. Uma lavoura de tomate severamente infestada por B. tabaci apresentava o sintoma referido colo amadurecimento irregular dos frutos do tomateiro; plantas invasoras presentes nessa área também foram intensamente colonizadas, principalmente Sida rhombifolia L., Sonchus oleraceus L., Solanum viarum Dun. e Ipomoea acuminata Roem. & Schult. Em Holambra, verificaram-se ataques intensos em plantas ornamentais, principalmente crisântemo (Chrysantemum morifolium Ramat.) e bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima Willd.); roseiras foral pouco colonizadas. Nessas hortaliças e nas ornamentais, a aplicação quase diária de inseticidas não reduziu a infestação do inseto. Além dessas plantas, campos de algodão, em Holambra, e de feijão, em Paulínia, também foram infestados por B. tabaci. Nos E.U.A., a capacidade de certas populações de B. tabaci de induzir o prateamento da folha em aboboreira e de colonizar intensamente E. pulcherrima, entre outros fatores, têm levado à distinção do biótipo "B" ou "poinsétia", nome vulgar dessa euforbiácea; todavia, estudos recentes na Califórnia (E.U.A.) mostram a possibilidade de se tratar de duas espécies distintas. Dada a similaridade entre as infestações associadas a B. tabaci que vêm ocorrendo naquele país e, mais recentemente, no Brasil, é provável que o biótipo B ou essa nova espécie tenha sido aqui introduzido. |
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