Prevalência de queixas supra-esofágicas em pacientes com doenças do refluxo erosiva e não-erosiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aguero,Gustavo Cálcena
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Lemme,Eponina M. O., Alvariz,Ângela, Carvalho,Beatriz Biccas, Schechter,Rosana B., Abrahão Jr.,Luiz
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de gastroenterologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032007000100009
Resumo: RACIONAL: Na doença do refluxo gastroesofágico pode-se encontrar, como parte do quadro clínico da doença, queixas respiratórias, otorrinolaringológicas, dor torácica ou disfagia. As duas primeiras são intituladas de manifestações supra-esofágicas da doença. É discutível a prevalência destas alterações em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico nas formas erosiva e não-erosiva. OBJETIVOS: Avaliar a prevalência de manifestações supra-esofágicas em pacientes com doenças do refluxo erosiva e não-erosiva. MÉTODOS: Foram revistas as fichas de pacientes que realizaram endoscopia digestiva alta, esofagomanometria e pHmetria prolongada nos últimos 5 anos, na investigação de doença do refluxo gastroesofágico (pirose como queixa principal), em que havia informações a respeito de queixas respiratórias e otorrinolaringológicas. Foram selecionados pacientes com doença do refluxo erosiva (graus I a III, pela classificação de Savary-Miller) e com doença do refluxo não-erosiva (endoscopia negativa, com pHmetria prolongada anormal). A análise estatística utilizou o teste de qui-quadrado. RESULTADOS: Duzentos e oitenta pacientes preencheram os critérios de inclusão, sendo 162 com doença do refluxo erosiva (70% com esofagite grau I) e 118 com doença do refluxo não-erosiva. No grupo total, 88 apresentavam queixas otorrinolaringológicas (31%), com predomínio de rouquidão e pigarro e 42, queixas respiratórias (15%), predominando a tosse crônica. Dos pacientes com queixas otorrinolaringológicas, 45 pertenciam ao grupo doença do refluxo erosiva (28%) e 43 ao grupo doença do refluxo não-erosiva (36,4%). Em relação aos com queixas respiratórias, 21 pacientes (13%) pertenciam ao grupo doença do refluxo erosiva e 21 (18%) ao grupo doença do refluxo não-erosiva. CONCLUSÃO: Não houve diferença entre a prevalência das queixas supra-esofágicas em pacientes com doenças do refluxo erosiva e não-erosiva.
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