Microbiota do megaesôfago e carcinogênese
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2003 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos de gastroenterologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032003000100004 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O risco de desenvolvimento de carcinoma esofágico em portadores de megaesôfago é 33 vezes superior ao da população em geral. Possível explicação para este fenômeno poderia estar relacionada à produção de compostos N-nitrosos na luz do órgão, a partir da transformação de nitratos da dieta em nitritos, mediada por bactérias em suspensão no líquido de estase e com o contato crônico destes carcinógenos com a mucosa esofágica. OBJETIVO: Analisar a microbiota esofágica em pacientes portadores de megaesôfago de etiologia chagásica, com especial atenção para a presença de bactérias com capacidade de redução de nitratos. CASUÍSTICA: Foram estudados prospectivamente 15 pacientes portadores de megaesôfago chagásico com idades variando de 28 a 73 anos, sendo 9 do sexo feminino e 6 do sexo masculino, que foram divididos em 3 grupos iguais de 5, de acordo com o grau de dilatação do esôfago, segundo a classificação de Rezende et al. (Grau I, Grau II e Grau III). MÉTODO: A coleta do líquido de estase para estudo microbiológico era realizada através de sonda de Levine nº 14, que era passada pela boca, por dentro de uma cânula de intubação orotraqueal nº 7,5, mantendo-se sua extremidade escondida, a fim de evitar sua contaminação. RESULTADOS: Foram obtidas 93,3% de culturas positivas com grande variedade de microrganismos e predomínio de aeróbios Gram-positivos e anaeróbios. As concentrações de microrganismos foram tanto maiores, quanto maior o grau de dilatação do esôfago. Entre os microrganismos encontrados, o Staphylococcus sp, Corynebacterium sp, Peptostreptococcus sp e a Veillonella sp foram aqueles identificados como tendo a capacidade de redução de nitratos a nitritos. CONCLUSÃO: No megaesôfago chagásico há bactérias na luz do órgão com capacidade de redução de nitratos da dieta, passo importante na produção de compostos N-nitrosos. |
id |
IBEPEGE-1_077eea5ec3c6d6a471b2dfcd39e35458 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0004-28032003000100004 |
network_acronym_str |
IBEPEGE-1 |
network_name_str |
Arquivos de gastroenterologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Microbiota do megaesôfago e carcinogêneseAcalásia esofágicaBactériasContagem de colônia microbianaINTRODUÇÃO: O risco de desenvolvimento de carcinoma esofágico em portadores de megaesôfago é 33 vezes superior ao da população em geral. Possível explicação para este fenômeno poderia estar relacionada à produção de compostos N-nitrosos na luz do órgão, a partir da transformação de nitratos da dieta em nitritos, mediada por bactérias em suspensão no líquido de estase e com o contato crônico destes carcinógenos com a mucosa esofágica. OBJETIVO: Analisar a microbiota esofágica em pacientes portadores de megaesôfago de etiologia chagásica, com especial atenção para a presença de bactérias com capacidade de redução de nitratos. CASUÍSTICA: Foram estudados prospectivamente 15 pacientes portadores de megaesôfago chagásico com idades variando de 28 a 73 anos, sendo 9 do sexo feminino e 6 do sexo masculino, que foram divididos em 3 grupos iguais de 5, de acordo com o grau de dilatação do esôfago, segundo a classificação de Rezende et al. (Grau I, Grau II e Grau III). MÉTODO: A coleta do líquido de estase para estudo microbiológico era realizada através de sonda de Levine nº 14, que era passada pela boca, por dentro de uma cânula de intubação orotraqueal nº 7,5, mantendo-se sua extremidade escondida, a fim de evitar sua contaminação. RESULTADOS: Foram obtidas 93,3% de culturas positivas com grande variedade de microrganismos e predomínio de aeróbios Gram-positivos e anaeróbios. As concentrações de microrganismos foram tanto maiores, quanto maior o grau de dilatação do esôfago. Entre os microrganismos encontrados, o Staphylococcus sp, Corynebacterium sp, Peptostreptococcus sp e a Veillonella sp foram aqueles identificados como tendo a capacidade de redução de nitratos a nitritos. CONCLUSÃO: No megaesôfago chagásico há bactérias na luz do órgão com capacidade de redução de nitratos da dieta, passo importante na produção de compostos N-nitrosos.Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. 2003-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032003000100004Arquivos de Gastroenterologia v.40 n.1 2003reponame:Arquivos de gastroenterologia (Online)instname:Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologiainstacron:IBEPEGE10.1590/S0004-28032003000100004info:eu-repo/semantics/openAccessPajecki,DenisZilberstein,BrunoSantos,Manoel Armando Azevedo dosQuintanilha,Alina GuimarãesCecconello,IvanGama-Rodrigues,Joaquimpor2003-10-06T00:00:00Zoai:scielo:S0004-28032003000100004Revistahttp://www.scielo.br/aghttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||secretariaarqgastr@hospitaligesp.com.br1678-42190004-2803opendoar:2003-10-06T00:00Arquivos de gastroenterologia (Online) - Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Microbiota do megaesôfago e carcinogênese |
title |
Microbiota do megaesôfago e carcinogênese |
spellingShingle |
Microbiota do megaesôfago e carcinogênese Pajecki,Denis Acalásia esofágica Bactérias Contagem de colônia microbiana |
title_short |
Microbiota do megaesôfago e carcinogênese |
title_full |
Microbiota do megaesôfago e carcinogênese |
title_fullStr |
Microbiota do megaesôfago e carcinogênese |
title_full_unstemmed |
Microbiota do megaesôfago e carcinogênese |
title_sort |
Microbiota do megaesôfago e carcinogênese |
author |
Pajecki,Denis |
author_facet |
Pajecki,Denis Zilberstein,Bruno Santos,Manoel Armando Azevedo dos Quintanilha,Alina Guimarães Cecconello,Ivan Gama-Rodrigues,Joaquim |
author_role |
author |
author2 |
Zilberstein,Bruno Santos,Manoel Armando Azevedo dos Quintanilha,Alina Guimarães Cecconello,Ivan Gama-Rodrigues,Joaquim |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pajecki,Denis Zilberstein,Bruno Santos,Manoel Armando Azevedo dos Quintanilha,Alina Guimarães Cecconello,Ivan Gama-Rodrigues,Joaquim |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Acalásia esofágica Bactérias Contagem de colônia microbiana |
topic |
Acalásia esofágica Bactérias Contagem de colônia microbiana |
description |
INTRODUÇÃO: O risco de desenvolvimento de carcinoma esofágico em portadores de megaesôfago é 33 vezes superior ao da população em geral. Possível explicação para este fenômeno poderia estar relacionada à produção de compostos N-nitrosos na luz do órgão, a partir da transformação de nitratos da dieta em nitritos, mediada por bactérias em suspensão no líquido de estase e com o contato crônico destes carcinógenos com a mucosa esofágica. OBJETIVO: Analisar a microbiota esofágica em pacientes portadores de megaesôfago de etiologia chagásica, com especial atenção para a presença de bactérias com capacidade de redução de nitratos. CASUÍSTICA: Foram estudados prospectivamente 15 pacientes portadores de megaesôfago chagásico com idades variando de 28 a 73 anos, sendo 9 do sexo feminino e 6 do sexo masculino, que foram divididos em 3 grupos iguais de 5, de acordo com o grau de dilatação do esôfago, segundo a classificação de Rezende et al. (Grau I, Grau II e Grau III). MÉTODO: A coleta do líquido de estase para estudo microbiológico era realizada através de sonda de Levine nº 14, que era passada pela boca, por dentro de uma cânula de intubação orotraqueal nº 7,5, mantendo-se sua extremidade escondida, a fim de evitar sua contaminação. RESULTADOS: Foram obtidas 93,3% de culturas positivas com grande variedade de microrganismos e predomínio de aeróbios Gram-positivos e anaeróbios. As concentrações de microrganismos foram tanto maiores, quanto maior o grau de dilatação do esôfago. Entre os microrganismos encontrados, o Staphylococcus sp, Corynebacterium sp, Peptostreptococcus sp e a Veillonella sp foram aqueles identificados como tendo a capacidade de redução de nitratos a nitritos. CONCLUSÃO: No megaesôfago chagásico há bactérias na luz do órgão com capacidade de redução de nitratos da dieta, passo importante na produção de compostos N-nitrosos. |
publishDate |
2003 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2003-03-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032003000100004 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032003000100004 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0004-28032003000100004 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. |
dc.source.none.fl_str_mv |
Arquivos de Gastroenterologia v.40 n.1 2003 reponame:Arquivos de gastroenterologia (Online) instname:Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia instacron:IBEPEGE |
instname_str |
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia |
instacron_str |
IBEPEGE |
institution |
IBEPEGE |
reponame_str |
Arquivos de gastroenterologia (Online) |
collection |
Arquivos de gastroenterologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Arquivos de gastroenterologia (Online) - Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia |
repository.mail.fl_str_mv |
||secretariaarqgastr@hospitaligesp.com.br |
_version_ |
1754193342870061056 |