Não-adesão ao tratamento em pacientes com doença de Crohn: prevalência e fatores de risco
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos de gastroenterologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032009000300008 |
Resumo: | CONTEXTO: A não-adesão ao tratamento medicamentoso, em algum grau, ocorre universalmente. É uma das principais causas de insucesso no tratamento das doenças crônicas, tal como a doença de Crohn. OBJETIVO: Em doentes com doença de Crohn, avaliar a prevalência e os fatores de risco associados à baixa adesão ao tratamento medicamentoso. MÉTODOS: No período entre julho de 2006 e julho de 2007 foram incluídos prospectivamente, para avaliação da não-adesão ao tratamento, 100 doentes com doença de Crohn em seguimento clínico no ambulatório de doenças inflamatórias intestinais. Os pacientes responderam ao Teste de Medida de Adesão a Tratamentos de Morisky e Green, modificado. De acordo com este teste, os pacientes foram classificados em dois grupos, conforme o grau de adesão: adesão e não-adesão. A não-adesão foi subdividida em intencional e não-intencional. Variáveis clínicas, psicológicas e farmacoterapêuticas foram pesquisadas na busca de possíveis fatores associados à não-adesão. RESULTADOS: Entre os pacientes avaliados, 64% apresentaram escore compatível com não-adesão. O perfil mais frequente de não-adesão foi o do tipo não-intencional, e os pacientes mostraram ter conhecimento e motivação para o tratamento. Na comparação entre os dois grupos observou-se somente uma tendência a não-adesão entre os pacientes mais jovens (P = 0,07) e de raça não-branca (P = 0,06). Não houve correlação significativa entre o grau de adesão e as variáveis psicológicas e farmacoterapêuticas. CONCLUSÕES: Em pacientes com doença de Crohn, a prevalência de não-adesão ao tratamento medicamentoso é elevada (64%). Indivíduos jovens e aqueles não-brancos parecem ser os mais predispostos à não-adesão. Portanto, é preciso estar alerta para sua ocorrência e, caso necessário, implementar medidas que busquem aumentar o grau de adesão destes pacientes. |
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