Estudo prospectivo comparativo de duas modalidades de posicionamento do sensor de phmetria esofágica prolongada: por manometria esofágica e pela viragem do Ph

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nasi,Ary
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Frare,Rita de Cássia, Brandão,Jeovana F., Falcão,Ângela M., Muchelsohn,Nelson H., Sifrim,Daniel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de gastroenterologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032008000400002
Resumo: RACIONAL: Por padronização aceita internacionalmente, posiciona-se o sensor distal de pHmetria esofágica a 5 cm acima da borda superior do esfíncter inferior do esôfago, localizado por manometria esofágica. Porém, vários autores sugerem técnicas alternativas de posicionamento que prescindem da manometria. Dentre essas, destaca-se a da viragem do pH, tema este controverso pela sua duvidosa confiabilidade. OBJETIVO: Avaliar a adequação do posicionamento do sensor distal de pHmetria pela técnica de viragem do pH, considerando-se a presença, o tipo e o grau de erro de posicionamento que tal técnica proporciona, e também estudar a influência da posição adotada pelo paciente durante a técnica da viragem. MÉTODOS: Foram estudados de modo prospectivo, durante o período de 1 ano, 1.031 pacientes. Durante entrevista clínica, foram registrados os dados demográficos e as queixas clínicas apresentadas. Todos foram submetidos a manometria esofágica para localização do esfíncter inferior do esôfago e a técnica da viragem do pH. A identificação do ponto de viragem foi realizada de dois modos distintos, caracterizando dois grupos de estudo: com o paciente sentado (grupo I - 450 pacientes) e com o paciente em decúbito dorsal horizontal (grupo II - 581 pacientes). Após a identificação do ponto de viragem, o sensor distal de pHmetria era posicionado na posição padronizada, baseada na localização manométrica do esfíncter. Registrava-se onde seria posicionado o sensor de pH se fosse adotada a técnica da viragem. Para avaliação da adequação do posicionamento, considerou-se que o erro é representado pela diferença (em centímetros) entre a localização padronizada (manométrica) e a localização que seria adotada caso fosse empregada a técnica da viragem. Considerou-se que o erro seria grosseiro se fosse maior que 2 cm. Analisou-se também o tipo de erro mais freqüente (se acima ou abaixo da posição padronizada). Foram incluídos todos pacientes que aceitaram participar da pesquisa e excluídos os casos nos quais não se identificou acidificação intragástrica. RESULTADOS: Se fosse adotada a técnica da viragem, haveria erro no posicionamento do sensor em 945 pacientes (91,6%), portanto, o sensor seria posicionado na posição padronizada em apenas 86 (8,4%) casos. Em relação à caracterização do grau de erro, haveria erro considerado grosseiro em 597 (63,2%) pacientes. Em relação ao tipo de erro, o sensor seria posicionado abaixo do local padronizado em 857 (90,7%) casos. Não houve diferença significante entre os dois grupos de estudo em relação a nenhum dos parâmetros analisados, indicando que a posição adotada pelo paciente durante a manobra da viragem não interfere no erro inerente à técnica. CONCLUSÕES: 1. O posicionamento do sensor distal de pHmetria pela técnica da viragem do pH não é confiável. 2. A técnica da viragem proporciona margem de erro expressiva. 3. O tipo de erro mais comum que tal modalidade técnica proporciona é o posicionamento mais distal do sensor, que pode superestimar a ocorrência de refluxo. 4. Não há influência da posição adotada pelo paciente durante a realização da técnica da viragem do pH na eficiência do método.
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Monitoramento do pH esofágico
Refluxo gastroesofágico/diagnóstico
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Esfíncter esofágico inferior
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