Efeitos cardiorrespiratórios frente à posição do corpo em recém-nascidos pré-termo submetidos ao aumento do volume gástrico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pádua,Gisley de
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Martinez,Edson Zangiacomi, Brunherotti,Marisa Afonso de Andrade
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de gastroenterologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032009000400014
Resumo: CONTEXTO: O aumento do volume gástrico observado na alimentação por gavagem traz consequências ao recém-nascido pré-termo, alterando indicadores da função respiratória. OBJETIVO: Investigar as alterações no sistema cardiorrespiratório nas diferentes posições do corpo de recém-nascidos prematuros submetidos ao aumento do volume gástrico através da alimentação por gavagem. MÉTODOS: Trata-se de um ensaio aleatório, tipo "crossover". Foram estudados 16 recém-nascidos de 31 a 34 semanas de idade gestacional e peso menor ou igual a 2.500 g. Foram incluídos os recém-nascidos com 7 a 10 dias de vida, alimentados via sonda orogástrica (fórmula artificial padronizada e/ou leite materno ordenhado no banco de leite do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Franca, SP) de 3 em 3 horas, volume total de 150 mL/kg/dia, sem oxigenoterapia suplementar. Foi utilizado a cada gavagem um posicionamento diferente e elevado a 30°, tal como: lateral direito, lateral esquerdo, pronação e supinação. Foram observadas as variáveis: frequência respiratória e cardíaca, saturação de oxigênio, tiragem de intercostais, batimento de asa nasal e gemência. Estas variáveis foram coletadas de 2 em 2 minutos, a partir de 5 minutos, antecedendo a gavagem e até 5 minutos após. RESULTADOS: O grupo estudado apresentou média de 32 semanas de idade gestacional (desvio-padrão 1,3), peso médio de 1.722 g (desvio-padrão 276,3). Em supinação e lateral esquerdo, a frequência respiratória média apresentou-se com valores mais altos e a saturação de oxigênio média apresentou os menores valores. Em lateral direito e pronação os níveis de frequência cardíaca média foram mais baixos e estáveis. Os posicionamentos lateral direito e pronação apresentaram maior ausência de tiragem intercostal, batimento de asa nasal e gemência. CONCLUSÃO: Os decúbitos lateral direito e pronação demonstraram maior repercussão positiva (menor aumento da frequência cardíaca, da frequência respiratória, menor diminuição da saturação de oxigênio, menos presença de tiragem de intercostais, batimento de asa nasal e gemência) nos efeitos cardiorrespiratórios, sendo as posições lateral esquerda e supinação aquelas de maiores efeitos negativos nos recém-nascidos submetidos ao aumento do volume gástrico.
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