Hipertensão portal por esquistossomose mansônica hepatoesplênica: efeito da desconexão ázigo-portal com esplenectomia no diâmetro e na velocidade média de fluxo do sistema portal (estudo ultra-sonográfico com Doppler)
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Data de Publicação: | 2001 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos de gastroenterologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032001000100005 |
Resumo: | Racional - A esplenectomia com desconexão ázigo-portal tem sido indicada para o tratamento da hemorragia digestiva pelas varizes esofágicas na hipertensão portal da esquistossomose mansônica hepatoesplênica. Todavia, esta técnica terapêutica apresenta índices variáveis de complicações trombóticas precoces do sistema portal (13,3% a 53,2%). Supondo que as alterações circulatórias devidas ao tratamento cirúrgico tenham papel preponderante neste acontecimento, procurou-se identificar elementos hemodinâmicos que, dentre os múltiplos fatores causais, tenham facilitado a ocorrência desta complicação. Com este intuito estudou-se comparativamente, mediante ultra-sonografia com Doppler, o sistema portal de dois grupos de pacientes em condições clínicas semelhantes: não-operados e com desconexão ázigo-portal em fase pós-operatória tardia (período superior a 6 meses). Casuística/Método - Foram estudados 58 pacientes com esquistossomose mansônica hepatoesplênica e com antecedentes de hemorragia digestiva alta, divididos em dois grupos: A (29 sob controle ambulatorial: clínico e endoscópico); B (29 submetidos previamente a desconexão ázigo-portal). Em todos foi feita a medida do diâmetro e da velocidade média de fluxo do sangue na veia porta e seus ramos direito e esquerdo, mediante ultra-sonografia com Doppler. Os resultados foram submetidos a análise univariada inter e intragrupo. Resultados - No grupo A (não-operados): a veia porta apresentou diâmetro maior do que o dos ramos direito e esquerdo e nestes esta medida foi semelhante (10,6 ± 2,9, 8,0 ± 1,8, 9,1 ± 2,6 cm); a velocidade média de fluxo na veia porta e nos ramos portais foi semelhante (15,62 ± 6,17, 14,92 ± 5,33, 16,12 ± 4,18 cm/seg). No grupo B (operados): houve diminuição de ambos os parâmetros na veia porta e seus ramos (8,8 ± 1,7, 5,2 ± 1,2, 7,5 ± 2,2 cm/12,53 ± 2,60, 8,86 ± 1,75, 9,60 ± 3,75 cm/seg). Conclusões - Houve redução significativa do diâmetro e da velocidade média de fluxo sangüíneo no sistema portal, no pós-operatório tardio, em pacientes com esquistossomose mansônica hepatoesplênica, submetidos a desconexão ázigo-portal. |
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