Aspectos funcionais, microbiológicos e morfológicos intestinais em crianças infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leite,Christiane Araujo Chaves
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Succi,Regina Célia de Menezes, Patrício,Francy Reis da Silva, Fagundes-Neto,Ulysses
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de gastroenterologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032006000400013
Resumo: RACIONAL: O trato gastrointestinal é freqüentemente acometido nas crianças infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana, com importantes repercussões no seu estado nutricional e sobrevida. A maioria dos estudos relacionados a esse tema foi desenvolvida com adultos, sendo menos investigado o problema nas crianças OBJETIVOS: Estudar aspectos digestivo-absortivos, microbiológicos e morfológicos intestinais em crianças infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana MATERIAL E MÉTODOS: Onze crianças infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana, menores de 13 anos, pertencentes às categorias clínicas A, B ou C, divididas em dois grupos: cinco pacientes com relato atual ou recente de diarréia e seis pacientes sem diarréia nos 30 dias que antecederam à inclusão no estudo. Investigação proposta: biopsia de intestino delgado e reto para análise morfológica e microbiológica, coprocultura, protoparasitológico de fezes, pesquisa de rotavírus, micobactérias e Cryptosporidium; teste da D-xilose RESULTADOS: Todos os pacientes testados (9/11) apresentavam má absorção da D-xilose (8,4-24,4 mg/dL). Os achados histopatológicos de intestino delgado foram inespecíficos, representados em sua maioria, por enteropatia grau I a II (6/10). Em todos os casos foi constatado aumento do infiltrado celular do córion. As alterações histopatológicas do reto também foram inespecíficas, com presença de aumento do infiltrado celular do córion. A pesquisa de microorganismos enteropatogênicos só foi positiva em dois casos, sendo identificado Mycobacterium avium intracellulare e Cryptosporidium nas fezes CONCLUSÕES: Demonstrou-se alta prevalência (100%) de má absorção intestinal em crianças infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana, com ou sem diarréia. Não foi possível estabelecer correlações quanto à presença de agentes enteropatogênicos, má absorção intestinal, alterações morfológicas intestinais e ocorrência ou não de diarréia. Não houve correlação entre os valores de D-xilose e os graus de atrofia vilositária.
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