Avaliação da qualidade de vida e toxicidades em pacientes com câncer colorretal tratados com quimioterapia adjuvante baseada em fluoropirimidinas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roque,Vanessa Maria Nunes
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Forones,Nora Manoukian
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de gastroenterologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032006000200007
Resumo: RACIONAL: O câncer colorretal é a quarta causa de câncer no Brasil e o 5-fluourouracil uma das principais drogas usadas no tratamento adjuvante e paliativo dessa doença. A toxicidade da quimioterapia e as alterações de qualidade de vida, causadas pela própria doença e pelo tratamento, são motivo de muitos estudos. OBJETIVO: Avaliar nos doentes com câncer colorretal em tratamento quimioterápico, a toxicidade e possíveis alterações da qualidade de vida. MÉTODOS: Durante o período de março de 2001 a maio de 2003 no Ambulatório de Oncologia da Disciplina de Gastroenterologia Clínica da Universidade Federal de São Paulo, foram acompanhados 45 pacientes com câncer colorretal em tratamento quimioterápico adjuvante ou paliativo com 5-fluourouracil e ácido folínico durante seis ciclos. A toxicidade gastrointestinal e hematológica foi analisada utilizando-se as Recomendações para a Graduação da Toxicidade Aguda e Subaguda. Após o término de cada ciclo quimioterápico, os resultados foram anotados de acordo com os respectivos graus que variaram entre 0 e 4. A qualidade de vida foi pesquisada pelo questionário WHOQOL bref (World Health Organization Quality of Life) que consta de 26 questões e é composto por 4 domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente, no início, no 3° e no 6° ciclo de tratamento. RESULTADOS: Entre os 45 pacientes, 28 eram do sexo masculino, a média de idade foi de 58,4 anos (34 a 79 anos). Segundo a classificação da União Internacional Contra o Câncer, 34 (75,6%) eram estádio II ou III e 11 estádio IV (24,4%). Quanto à localização, 64,4% eram de cólon. Em 57,7% a quimioterapia foi adjuvante e nos demais paliativa. As toxicidades mais comumente encontradas foram náuseas (42%), diarréia (38%) e neutropenia (15,7%). Não houve diferença significante entre os graus de toxicidade nos diferentes ciclos, assim como entre os doentes em tratamento adjuvante ou paliativo. Quanto à qualidade de vida foram observadas alterações significantes nos domínios físico e psicológico quando comparadas a primeira com a segunda ou a primeira com a terceira aplicação do questionário. Não foi encontrada alteração da qualidade de vida entre os doentes em quimioterapia adjuvante quando comparada aos em tratamento paliativo. Independente da indicação terapêutica, a média dos escores de qualidade de vida diminuiu em relação aos domínios físico e social na terceira aplicação do teste. CONCLUSÃO: As toxicidades gastrointestinais foram mais freqüentes que as hematológicas com o esquema utilizado. A qualidade de vida diminuiu após o início da quimioterapia em relação à atividade física e psicológica. No estudo da média dos escores observou-se queda dos mesmos nos domínios físico e social. A análise do questionário não mostrou alteração de qualidade vida quando comparados os doentes em tratamento paliativo com os em adjuvância.
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