Doença do refluxo gastroesofágico: comparação entre as formas com e sem esofagite, em relação aos dados demográficos e às manifestações sintomáticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: NASI,Ary
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: MORAES-FILHO,Joaquim Prado Pinto de, ZILBERSTEIN,Bruno, CECCONELLO,Ivan, GAMA-RODRIGUES,Joaquim
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de gastroenterologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032001000200006
Resumo: Racional — Os portadores da doença do refluxo gastroesofágico podem apresentar ou não esofagite por refluxo. Imagina-se que os portadores de esofagite são mais sintomáticos que os pacientes sem esofagite. Contudo, poucos estudos comparam adequadamente esses grupos de pacientes entre si. Objetivos - Comparar as formas com e sem esofagite da doença do refluxo gastroesofágico em relação à idade, sexo, presença e intensidade de sintomas. Material e Métodos - Foram estudados, por meio de entrevista clínica, 122 portadores da doença — 90 com e 32 sem esofagite — identificados por estudo endoscópico do esôfago e por pHmetria esofágica prolongada. Foram considerados idade, sexo e a presença das seguintes queixas: pirose, disfagia, dor torácica não-cardíaca e sintomas respiratórios. A queixa de pirose foi analisada com mais detalhes, levando-se em conta além da presença do sintoma, a intensidade, a freqüência e a duração da queixa. Em função dessas variáveis, a pirose foi caracterizada, quando presente, como sendo de grau leve/moderado ou intenso/muito intenso. Resultados - Não houve diferença significativa entre os grupos em relação à idade, ao sexo e à presença dos sintomas. Observou-se, contudo, em relação à intensidade da queixa de pirose, maior ocorrência de pirose caracterizada como intensa/muito intensa no grupo com esofagite. Conclusões - 1. As formas com e sem esofagite da doença do refluxo gastroesofágico são muito semelhantes em relação à idade, ao sexo e à presença dos sintomas analisados nos pacientes acometidos; 2. Apesar dos sintomas analisados estarem presentes em níveis semelhantes nos dois grupos estudados, observou-se que a ocorrência de pirose caracterizada como de maior intensidade foi mais comum no grupo de pacientes com esofagite; 3. Dentre os portadores da doença do refluxo analisados, observou-se contingente significativo de pacientes (26,2%) que não apresentavam esofagite endoscópica; a pHmetria esofágica prolongada foi de fundamental importância para a identificação desse grupo; 4. Existe a necessidade de serem adotados conceitos mais homogêneos em relação à doença do refluxo gastroesofágico, à esofagite por refluxo e à caracterização do refluxo patológico, para obter-se maior precisão diagnóstica e para que se possa comparar, adequadamente, resultados de diferentes estudos sobre o tema.
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