Controle autonômico cardíaco sob condições de repouso, exercício e pós-exercício em indivíduos com lesão medular: um estudo observacional do tipo seccional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Pablo
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Comum do Brasil - Deposita
Texto Completo: https://deposita.ibict.br/handle/deposita/187
Resumo: Indivíduos com lesão medular (LM), sobretudo lesões altas, apresentam alterações no controle autonômico cardíaco resultando, por exemplo, em menor frequência cardíaca máxima. O melhor conhecimento dos aspectos fisiológicos de indivíduos com LM é fundamental para a estruturação mais adequada da rotina de treinamento com exercícios físicos de modo a propiciar um melhor estado geral de saúde. O objetivo geral do estudo foi avaliar o controle autonômico cardíaco em repouso, durante um teste de esforço progressivo máximo e imediatamente após o esforço em indivíduos com LM, comparando-os com indivíduos sem LM. Métodos: Foi realizado um estudo seccional com 09 indivíduos com tetraplegia, 08 com paraplegia e 10 sem LM (grupo controle). O controle autonômico cardíaco foi investigado por meio da análise de índices de variabilidade da frequência cardíaca (VFC) obtidos por meio do eletrocardiograma (ECG) e do cardiofrequencímetro. Para a análise em repouso, os participantes ficaram sentados, durante 10 minutos, no período da manhã. Em seguida, foi realizado um teste cardiopulmonar de esforço (TCPE) máximo, em um cicloergômetro para membros superiores, com intensidade crescente, seguido por um período de recuperação passiva de 10 minutos, na posição sentada. Para a comparação entre os grupos foi realizado o teste de Kruskal-Wallis (quando constatada diferença significativa empregou-se o teste U de Mann Whitney). A validade dos índices de VFC (ECG versus TCPE e ECG versus frequencímetro) foi verificada por meio do cálculo do coeficiente de correlação intraclasse e da abordagem gráfica de Altman e Bland. A relação entre os índices de repouso da VFC com o rMSSD durante a recuperação foi analisada pelo teste de Spearman. Utilizamos o teste de Friedman para análise da reativação parassimpática intragrupo nos momentos pós TCPE. O nível de significância estatística foi de 5% (SPSS 20.0). Resultados: A concordância entre limiar da variabilidade da frequência cardíaca (LiVFC) e o primeiro limiar ventilatório (LV1) mostrou ICC de 0,908 para o VO2 nos tetraplégicos, já a concordância entre o ECG e o cardiofrequencímetro mostraram valores de ICC entre 0,850 e 0,952 para o VO2 nos grupos com LM. A relação entre os índices da VFC e a reativação parassimpática se mostraram significativamente positivas para os índices HF (0,77 a 0,94, p<0,05). e rMSSD (0,68 a 0,96, p<0,05). Conclusão: Foram encontradas concordância entre o LiVFC e LV1, assim como o cardiofrequencímetro se mostrou válido para identificar o LiVFC. A reativação parassimpática parece ser influenciada pelos índices da VFC em repouso.
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Métodos: Foi realizado um estudo seccional com 09 indivíduos com tetraplegia, 08 com paraplegia e 10 sem LM (grupo controle). O controle autonômico cardíaco foi investigado por meio da análise de índices de variabilidade da frequência cardíaca (VFC) obtidos por meio do eletrocardiograma (ECG) e do cardiofrequencímetro. Para a análise em repouso, os participantes ficaram sentados, durante 10 minutos, no período da manhã. Em seguida, foi realizado um teste cardiopulmonar de esforço (TCPE) máximo, em um cicloergômetro para membros superiores, com intensidade crescente, seguido por um período de recuperação passiva de 10 minutos, na posição sentada. Para a comparação entre os grupos foi realizado o teste de Kruskal-Wallis (quando constatada diferença significativa empregou-se o teste U de Mann Whitney). A validade dos índices de VFC (ECG versus TCPE e ECG versus frequencímetro) foi verificada por meio do cálculo do coeficiente de correlação intraclasse e da abordagem gráfica de Altman e Bland. A relação entre os índices de repouso da VFC com o rMSSD durante a recuperação foi analisada pelo teste de Spearman. Utilizamos o teste de Friedman para análise da reativação parassimpática intragrupo nos momentos pós TCPE. O nível de significância estatística foi de 5% (SPSS 20.0). Resultados: A concordância entre limiar da variabilidade da frequência cardíaca (LiVFC) e o primeiro limiar ventilatório (LV1) mostrou ICC de 0,908 para o VO2 nos tetraplégicos, já a concordância entre o ECG e o cardiofrequencímetro mostraram valores de ICC entre 0,850 e 0,952 para o VO2 nos grupos com LM. A relação entre os índices da VFC e a reativação parassimpática se mostraram significativamente positivas para os índices HF (0,77 a 0,94, p<0,05). e rMSSD (0,68 a 0,96, p<0,05). Conclusão: Foram encontradas concordância entre o LiVFC e LV1, assim como o cardiofrequencímetro se mostrou válido para identificar o LiVFC. A reativação parassimpática parece ser influenciada pelos índices da VFC em repouso.Individuals with spinal cord injury (SCI), especially in high injuries, show changes in cardiac autonomic control resulting, for example, in lower maximum heart rate. The best knowledge of the physiological aspects of individuals with SCI is fundamental for the most adequate structuring of the training routine with physical exercises in order to provide a better general health status. The general objective of the study was to evaluate cardiac autonomic control at rest, during a test of maximum progressive effort and immediately after effort in individuals with SCI, comparing them with individuals without SCI. Methods: A sectional study was carried out with 09 individuals with quadriplegia, 08 with paraplegia and 10 without SCI (control group). The cardiac autonomic control was investigated through the analysis of heart rate variability (HRV) indexes obtained through the electrocardiogram (ECG) and the cardiofrequencymeter. For the analysis at rest, the participants sat for 10 minutes in the morning. Then, a maximum cardiopulmonary exercise test (CPET) was performed on a cycle ergometer for upper limbs, with increasing intensity, followed by a passive recovery period of 10 minutes, in the sitting position. For comparison between groups, the Kruskal-Wallis test was performed (when a significant difference was found, the Mann Whitney U test was used). The validity of HRV indices (ECG versus CPET and ECG versus cardiofrequencymeter) was verified by calculating the intraclass correlation coefficient and using Altman and Bland's graphical approach. The relationship between HRV rest indexes and rMSSD during recovery was analyzed by Spearman's test. We used the Friedman test to analyze intra-group parasympathetic reactivation in the moments after CPET. The level of statistical significance was 5% (SPSS 20.0). Results: The agreement between heart rate variability threshold (LiVFC) and the first ventilatory threshold (LV1) showed an ICC of 0.908 for VO2 in quadriplegics, whereas the agreement between ECG and cardiofrequency meter showed ICC values between 0.850 and 0.952 for VO2 in groups with SCI. The relationship between HRV indices and parasympathetic reactivation was significantly positive for HF indices (0.77 to 0.94, p <0.05). and rMSSD (0.68 to 0.96, p <0.05). Conclusion: Agreement was found between LiVFC and LV1, just as the cardiofrequency meter was found to be valid to identify LiVFC. Parasympathetic reactivation seems to be influenced by the HRV indices at rest.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorCentro Universitário Augusto MottaCentro Universitário Augusto MottaBrasilPrograma de Pós-graduação em Ciências da Reabilitaçãohttp://lattes.cnpq.br/5331178666276656VIGÁRIO, PatríciaSILVA, Pablo2021-05-04T23:21:50Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://deposita.ibict.br/handle/deposita/187porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Comum do Brasil - Depositainstname:Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict)instacron:IBICT2021-05-04T23:21:50Zoai:https://deposita.ibict.br:deposita/187Repositório ComumPUBhttp://deposita.ibict.br/oai/requestdeposita@ibict.bropendoar:46582021-05-04T23:21:50Repositório Comum do Brasil - Deposita - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict)false
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