História Pública Digital │ Digital Public History
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Liinc em Revista |
Texto Completo: | http://revista.ibict.br/liinc/article/view/3634 |
Resumo: | RESUMO A virada digital na história reformulou nossa documentação, transformou as ferramentas usadas para armazenar, tratar e acessar a informação, e, por vezes, adiantou novas questões epistemológicas juntamente com novas ferramentas criadas para responder por elas. Ainda assim, no momento, não há uma metodologia sistemática desenvolvida para abordar de forma crítica essas ferramentas digitais, analisar o deslocamento dos “big data” e compreender a nova capacidade pública para todos trabalharem com o passado. Todas essas transformações afetam profundamente o relacionamento entre os historiadores e seu público, suas abordagens visando novas fontes digitais e, finalmente, o registro escrito da história. A perturbadora virada digital questiona a profissão de historiador globalmente, e levanta as incertezas acerca do futuro da historiografia tradicional e as narrativas sobre o passado para diferentes públicos. As narrativas da história digital (pública) requerem que os métodos e códigos profissionais sejam reescritos e reinterpretados e novas práticas sobre o passado sejam dominadas na era digital. O mundo digital condicionou profundamente a presença do passado em nossas sociedades e favoreceu novas percepções do público para a passagem do tempo na história e a presença de lembranças. O domínio digital permite a criação de novas interconexões entre o passado, nosso presente e nosso futuro. Portanto, podemos nos perguntar se, à luz da disseminação pública das novas tecnologias digitais interativas, necessitamos rever em profundidade o relacionamento desenvolvido hoje em dia com o passado, nossa memória e nossa história. Mudanças metodológicas no ofício de historiadores são de tal ordem que devíamos dedicar mais tempo a elas, analisar o que a história digital (pública) ou história por meios digitais representa atualmente no século XXI para a história acadêmica e as profissões relacionadas à história pública.Palavras-chave: História Pública; História Digital; Memória; Humanidades Digitais; Web. ABSTRACT The Digital Turn in history has reformulated our documentation processes, transformed the ways we archive, treat and access information and has sometimes anticipated new epistemological questions together with new tools created to respond to them. Yet there is still no systematic methodology developed to critically approach these new digital tools, to analyze the transit of "big data" and understand the new public capaity to deal with the past. All this change deeply affects the relationship between historians and their public, their approaches to new digital sources and, finally, the written recording of history. This disturbing digital turn questions professional historians globally and raises uncertainties as to the future of traditional historiography and narratives of the past for diverse publics. The narratives of (public) digital history require that professional methods and codes be rewritten and reinterpretated and that new practices be mastered. The digital world has deeply influenced the presence of the past in our societiesand favours new public perceptions of the passage of time in history as well as the presence of memories. The digital domain allows for the creation of new interconexions between the past, our present, and our future. Thus we might ask ourselves if, given the public dissemination of new interactive digital technologies, we must deeply review the current relationship with the past, our memory and our history. Methodological changes in historians' craft are such that we should dedicate more time to them and analyze what (public) digital history, or history in digital media, now means for academic history and related professions.Keywords: Public History; Digital History; Memory; Digital Humanities, The Web. |
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RESUMO A virada digital na história reformulou nossa documentação, transformou as ferramentas usadas para armazenar, tratar e acessar a informação, e, por vezes, adiantou novas questões epistemológicas juntamente com novas ferramentas criadas para responder por elas. Ainda assim, no momento, não há uma metodologia sistemática desenvolvida para abordar de forma crítica essas ferramentas digitais, analisar o deslocamento dos “big data” e compreender a nova capacidade pública para todos trabalharem com o passado. Todas essas transformações afetam profundamente o relacionamento entre os historiadores e seu público, suas abordagens visando novas fontes digitais e, finalmente, o registro escrito da história. A perturbadora virada digital questiona a profissão de historiador globalmente, e levanta as incertezas acerca do futuro da historiografia tradicional e as narrativas sobre o passado para diferentes públicos. As narrativas da história digital (pública) requerem que os métodos e códigos profissionais sejam reescritos e reinterpretados e novas práticas sobre o passado sejam dominadas na era digital. O mundo digital condicionou profundamente a presença do passado em nossas sociedades e favoreceu novas percepções do público para a passagem do tempo na história e a presença de lembranças. O domínio digital permite a criação de novas interconexões entre o passado, nosso presente e nosso futuro. Portanto, podemos nos perguntar se, à luz da disseminação pública das novas tecnologias digitais interativas, necessitamos rever em profundidade o relacionamento desenvolvido hoje em dia com o passado, nossa memória e nossa história. Mudanças metodológicas no ofício de historiadores são de tal ordem que devíamos dedicar mais tempo a elas, analisar o que a história digital (pública) ou história por meios digitais representa atualmente no século XXI para a história acadêmica e as profissões relacionadas à história pública.Palavras-chave: História Pública; História Digital; Memória; Humanidades Digitais; Web. ABSTRACT The Digital Turn in history has reformulated our documentation processes, transformed the ways we archive, treat and access information and has sometimes anticipated new epistemological questions together with new tools created to respond to them. Yet there is still no systematic methodology developed to critically approach these new digital tools, to analyze the transit of "big data" and understand the new public capaity to deal with the past. All this change deeply affects the relationship between historians and their public, their approaches to new digital sources and, finally, the written recording of history. This disturbing digital turn questions professional historians globally and raises uncertainties as to the future of traditional historiography and narratives of the past for diverse publics. The narratives of (public) digital history require that professional methods and codes be rewritten and reinterpretated and that new practices be mastered. The digital world has deeply influenced the presence of the past in our societiesand favours new public perceptions of the passage of time in history as well as the presence of memories. The digital domain allows for the creation of new interconexions between the past, our present, and our future. Thus we might ask ourselves if, given the public dissemination of new interactive digital technologies, we must deeply review the current relationship with the past, our memory and our history. Methodological changes in historians' craft are such that we should dedicate more time to them and analyze what (public) digital history, or history in digital media, now means for academic history and related professions.Keywords: Public History; Digital History; Memory; Digital Humanities, The Web. |
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Liinc em Revista; Vol. 11 No. 1 (2015): Memory in the Digital Era: New Challenges to the Humanities and Information Studies Liinc em Revista; Vol. 11 Núm. 1 (2015): Memória na era digital: novos desafios às humanidades e aos estudos da informação Liinc em Revista; v. 11 n. 1 (2015): Memória na era digital: novos desafios às humanidades e aos estudos da informação 1808-3536 reponame:Liinc em Revista instname:Instituto Brasileiro de Informação Ciência e Tecnologia (IBICT) instacron:IBICT |
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